O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu hoje que a experiência governativa do novo líder socialista é um cadastro político, acusando-o de ter esbanjando milhões de euros na TAP, em indemnizações e de ter adiado grandes investimentos.
“A experiência de Pedro Nuno Santos é tudo menos um cartão-de-visita: é um cadastro político. Se ter experiência é esbanjar 3.200 milhões de euros na TAP, por incompetência, por hesitação, por ziguezague político, então ele que fique com a experiência dele”, alegou.
À entrada para uma reunião com o setor da hotelaria e turismo, que decorreu esta tarde no Luso, no concelho da Mealhada, Luís Montenegro foi confrontado pelos jornalistas com as declarações do novo líder do PS, que disse que a direita não tem experiência governativa.
“Se ter experiência é adiar todos os grandes investimentos na rodovia, na ferrovia e atrasar a capacidade de nós termos competitividade na nossa economia, nas nossas regiões, então o Pedro Nuno Santos que fique com a experiência dele. Nós não precisamos dessa experiência para nada”, evidenciou.
No entender do líder do PSD, a experiência governativa de Pedro Nuno Santos é o maior caminho para que os portugueses não confiem nele para governar Portugal.
“Se ter experiência é decidir indemnizações de administradores de empresas públicas no montante de 500 mil de euros por ‘whatsapp’, dizer num dia que não se sabe se isso existiu, que não se tem conhecimento e depois lembrar-se mais tarde que afinal se deu o `ok´ por essa via, então o Pedro Nuno Santos que fique com essa experiência”, argumentou.
Aos jornalistas, Montenegro garantiu que o PSD está preparado para governar, uma vez que tem para oferecer mais do que experiência política.
“Nós temos experiência política, experiência profissional, experiência de vida, que não se circunscreve à política, para poder oferecer aos portugueses um projeto de mudança, de desenvolvimento, de prosperidade”, assegurou.
Luís Montenegro cumpre até quarta-feira, no distrito de Aveiro, o compromisso que assumiu no 40.º Congresso, de passar uma semana por mês nos diferentes distritos de Portugal.
A iniciativa “Sentir Portugal” em Aveiro, segundo o partido, “tem como objetivo contactar com a realidade local e dialogar com os cidadãos, famílias, municípios e instituições”.