- a Constituição da República foi escrita e aprovada com a participação do PCP;
- o Serviço Nacional de Saúde é um dos grandes desígnios do PCP;
- o empenho permanente na Cultura e na defesa da escola pública;
- a Liberdade, talvez o maior objectivo do partido, e que ao longo de 48 anos do fascismo os seus militantes deram anos e anos da sua liberdade e até a própria vida pela liberdade que hoje todos nós temos e que continua a ter no PCP o seu maior defensor.
Ninguém sério, quando se fala no Partido Comunista, pode duvidar da sua honestidade e do seu carácter; ninguém pode duvidar no interesse pelo bem do povo trabalhador; o gosto e amor à pátria e o profundo sentido de defesa de Portugal e dos portugueses; o gosto e a importância da democracia na nossa vida colectiva; o empenho e dedicação no poder local, com trabalho, com lealdade e com interesse e solidariedade permanente para com os outros.
Só por falta de carácter ou por ignorância é que se concebem as atitudes anti-comunistas de alguns incluindo alguns políticos, gente ígnara e maldosa que esquece que foi graça à luta e à participação democrática do PCP que hoje se tem a liberdade de ofender e até de caluniar os outros.
Antes de 1974 os comunistas deram a vida, sofreram torturas, prisão sem culpa formada, degredo, clandestinidade em nome da liberdade e da sua luta. O PCP negou a revolução violenta ou as armas para o povo e a paz e a democracia como a temos deve-se também ao Partido Comunista, quer se goste ou não. Podemos não ser marxistas, podemos não gostar do colectivismo, podem os esquerdistas dizer que somos do regime burguês e os direitistas que somos contra esse mesmo regime. Honestamente, ninguém poderá negar o papel do Partido no combate e derrube da ditadura, nem do seu papel no actual regime democrático e quem o fizer ou é por ignorância ou manifesta falta de carácter.
O Partido Comunista Português tem sido um partido deste regime, sim, absolutamente integrado na democracia que a Constituição da República defende e sustenta e o PCP é, segundo o próprio Presidente da República, o partido mais institucionalista e mais respeitador da Constituição. O PCP terá em certos momentos de votar pelo mal menor, mas sempre na busca do menor prejuízo para os trabalhadores e para os oprimidos.
Termos liberdade para escrever tudo isto sem censuras é não reconhecer ao PCP o facto de ter lutado pela liberdade e só a falta de carácter de alguns e a ignorância de outros poderá colocar em dúvida o que se escreveu.
Felicito todos os comunistas e todos os que, o não sendo, respeitam estes 100 anos de luta permanente pela liberdade e democracia, pelos trabalhadores e pelos oprimidos.