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Artigo de Opinião

30/08/2024 08:00

Na Madeira, em Lisboa, e mesmo até em Bruxelas, vê-se as consequências da “petit” estratégia de secundarizar a luta por MAIS AUTONOMIA.

É a teoria imbecil que “Autonomia não dá votos”.

Razão de toda a pobreza partidária regional de hoje, em que o “grande desígnio” deles todos é a “caça ao voto”.

Porém, vejam que o PSD Madeira / Partido da Autonomia foi hegemónico quando Vanguarda Revolucionária da luta autonómica, em Revolução Tranquila que, sem concessões, trouxe a “Madeira Nova”.

Socialistas e comunistas, ao contrário do que se apregoam, não são “esquerda”.

“Esquerda” é mudar para melhor; é mais Liberdade, Iniciativa e Criatividade; sobretudo é o Primado da Pessoa Humana sobre o Estado e restantes instituições públicas ou privadas.

Na História, socialismo e comunismo vêm sendo transformação para pior; alapagem ao poder; sacrifício das Liberdades; estatização atrofiante; dependência cívica; centralismo.

Por isto, é que, ideologicamente, de fundo, a luta autonómica é a principal clivagem entre os Autonomistas Sociais-Democratas e a “Renovação”.

Nunca perdi Amigos por defender musculadamente mais Autonomia. Nem na Madeira, nem no Continente, nem em parte alguma. Nem tal luta me fez perder ajudas sérias no seio da Unidade Nacional que apoio, embora firmemente contrário à imposição colonialista de “Estado Unitário”.

E foi sempre assim, até Sócrates incluído.

O Mal foi Passos Coelho e “sus muchachos”.

As actuais - e legítimas - proximidades político-partidárias da “Renovação” com a Direcção nacional, mal disfarçadas, nascem da referida mancebia histórica.

Como sair disto?...

Se, no Rectângulo, querem conservar este Sistema Político pútrido, façam lá como gostarem. Desde que libertem a Madeira das consequências.

CÁ.

É necessário impulsionar duas linhas.

A primeira, é voltar à luta por MAIS AUTONOMIA, à Revolução Tranquila com uma sua imprescindível Vanguarda, para o efeito impondo-se uma mobilização colectiva da Cidadania.

A segunda linha, deve ser a de um CONSENSO de facto, entre todos os que, no seu pluralismo e diversidade, querem um futuro ousado e melhor para o Povo Madeirense.

O que, nos próprios Partidos, implica acabar os saneamentos e todos os disparates quase cinquentenários que já nada têm a ver com o agora e com o que aí vem.

Ora, 2026 é uma oportunidade para tudo correr melhor a todos.

São os primeiros CINQUENTA ANOS DA AUTONOMIA.

QUE O POVO MADEIRENSE CONSTRUIU.

Por várias vezes e em diversas tribunas públicas, tenho sugerido que o Parlamento da Madeira, por Sua iniciativa ou por iniciativa do Governo Regional, legisle um programa celebrativo concreto e determine as entidades, pessoas e meios para o concretizar, em termos civilizadamente consensuais no seio das forças democráticas.

2026 é já amanhã.

As minhas insistências neste assunto, como noutros, perdem-se na desertificação censória ordenada pelos “poderes ocultos”, mas de facto, praticantes de exorcismos políticos, de “autos de fé” ao pensamento, das eliminações de e nas fotos, etc., como se fosse possível ludibriar a História!...

Voltando a um Programa dos Cinquenta Anos. Deve ser inteligente, não para repetir folclores, arraiais ou “gastronómicas”. Embora decorrendo numa ambiência de festa e de alegria.

Primeiro, traduzir-se numa Pedagogia de mostra aos mais novos, a começar pelos Estabelecimentos de Ensino, o que eram a Madeira e o Porto Santo (e até as Desertas e as Selvagens) antes e depois da Autonomia.

Segundo, sessões e debates, PLURAIS E COM NÍVEL (mas não a conversa exibicionista e ôca dos incompetentes “intelectuais da bica”), sendo indispensável a colaboração da Comunicação Social e de TODAS AS INSTITUIÇÕES da Madeira (públicas, privadas, religiosas, militares e de segurança interna, de solidariedade social, económicas, desportivas, culturais, ambientalistas, etc.)

Terceiro, estas Celebrações devem sobretudo estar APONTADAS AO FUTURO. O que é que a Madeira é capaz de fazer. O que é que a Madeira se propõe fazer. O que é que a Madeira precisa do exterior para fazê-lo. Aqui, entram a Universidade, bem como todas as Entidades dedicadas ao Desenvolvimento, sobretudo Economia, Cultura e Tecnologia.

É esta projecção da Madeira para o futuro que deve ser a prioridade de todo o programa das Celebrações.

Quarto, selecionar, dos três itens anteriores, o que interessará para o objetivo de levar a Comemoração ao exterior do Arquipélago, sobretudo Continente, Bruxelas e Estrasburgo, não esquecendo uma adequação às Comunidades Madeirenses.

Quinto. O que é sério, tem de praticar uma liturgia própria.

Deve existir um momento institucional mais solene, ou 25 de Abril (data Constituição 1976), ou 1 de Julho, ou o dia da primeira sessão do Parlamento da Madeira (edifício da antiga “Junta Geral”).

Presença do futuro Presidente da República (com a vantagem de possivelmente se identificar com a descentralização política, mais do que o Actual). E presença também das Altas Entidades do Estado e da Região, algumas da União Europeia e Comunidades Madeirenses, e mesmo outras personalidades dos mais diversos meios, que interesse cá trazer.

Claro que vai custar dinheiro.

Mas é um INVESTIMENTO com um alcance futuro mais do que justificado.

Ao contrário de muita despesa corrente e ofertórios que vão por aí.

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