A caminhada com os companheiros Trabalhadores Social Democratas tem sido uma experiência avassaladora, tanto no plano político como no plano pessoal. Logo no arranque tivemos que arrumar a casa e adequar os estatutos aos novos tempos. De seguida havia que eleger as secções laborais, o nosso braço armado social-democrata, e foram eleitas dezanove secções. Não contentes com estes feitos e com a pandemia já à espreita ainda conseguimos eleger pela primeira vez comissões políticas concelhias dos TSD-M fora do Funchal, de uma só vez espalhamos os nossos trabalhadores por todos os concelhos e todas as ilhas. Conseguimos também com empenho e a dedicação de um punhado de corajosos trabalhadores criar dois núcleos de empresa, o primeiro na empresa Horários do Funchal e o segundo na empresa de Eletricidade da Madeira, uma verdadeira vitória.

Mas o trabalho continua e o PSD sabe que pode contar connosco, e será já neste próximo sábado em Machico que se realizará o VIII Congresso dos TSD Madeira. Sobe o lema "A Autonomia, o Trabalho e o Futuro" esta estrutura vai eleger os seus órgãos directivos e preparar o caminho para as eleições regionais de 2023. Nesta incumbência, os TSD Madeira continuarão a representar solidária e entusiasticamente, enquanto estrutura autónoma, a voz do Partido, dos seus ideais de justiça social, progresso e modelo de democracia no mundo do trabalho, no movimento sindical, mas também os valores e anseios dos trabalhadores no seio do PSD Madeira.

O PSD Madeira, tem sido desde sempre o garante de uma autonomia consciente e ambiciosa para a Madeira. Nunca tivemos receio de assumir as nossas responsabilidades e o nosso desígnio como povo insular, imprimindo uma vontade e uma dinâmica governativa única. Nos últimos 45 anos o nosso partido tem tido um relevante papel histórico, desempenhando uma transformação social e económica impensável no nosso arquipélago. Em nossa opinião as propostas políticas do PSD Madeira para o próximo combate eleitoral, deverão sempre ter em conta a união dos interesses do desenvolvimento económico e do progresso social.

Consequentemente, os TSD entendem mais do que nunca, que os grandes valores do Trabalho, da justiça social, da negociação, do diálogo social e do efetivo combate à pobreza, não podem ser ignorados ou sacrificados num qualquer altar da tecnocracia macroeconómica ou da insensibilidade social. O Trabalho é a base da nossa sociedade. É nele que reside o rendimento da grande maioria das famílias e a base da sua própria qualidade de vida. O povo madeirense é um povo trabalhador, e devemos pugnar para que cada vez mais madeirenses e porto-santenses tenham emprego. O trabalho cria identidade e proporciona alegria de viver, garantindo ao mesmo tempo prosperidade para todos.

Para os TSD Madeira, a criação de emprego digno e de qualidade para os jovens é um dos maiores desafios que vamos enfrentar nos próximos tempos. Reconhecemos que o futuro, em rápida mudança também do mundo laboral, trará novos desafios e oportunidades e teremos que estar preparados. Torna-se assim vital, um modelo de desenvolvimento económico e a adoção de medidas estratégicas, capazes de incentivar e acompanhar ainda mais a convergência das transições digital e ecológica no nosso arquipélago. A pandemia veio acelerar a implantação de formas de teletrabalho em diversos sectores. Ainda assim convém levar em linha de conta que o teletrabalho tem as suas limitações, não só em função das profissões como também das características do empregador. É do balanço de vantagens e desvantagens que se deve ponderar o avanço para esta forma de trabalho nunca esquecendo a importância da relação laboral presencial e da socialização no local de trabalho como pilares da relevância do Trabalho e da nossa vida.