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Artigo de Opinião

Deputado do PS na ALRAM

21/05/2021 08:01

Dir-me-ão que são coisas diferentes, direi que sim, mas dão uma grande indicação sobre o que vai na cabeça do eleitorado. As europeias de 2019 e as regionais desse mesmo ano também eram coisas diferentes mas foram ganhas pelo mesmo Partido.

O PSD sabe bem disso e só assim se justifica que arrisque o seu “abono de família” Pedro Calado, Vice de Albuquerque, num jogo de tudo ou nada precisamente por terem a consciência de que se não tivessem um golpe de asa agora no Funchal, 2023 poderia bem significar o fim de um já longo reinado. Portanto, já se entendeu que o jogo sendo arriscado, andará, precisamente por isso, nos limites de tudo: da lei, da democraticidade e da tolerância, para não dizer que será a maior batalha pela conquista da CMF até hoje vista, já estou a imaginar o regabofe.

Claro é também que, independentemente da importância, relativa, de cada concelho o que contará mesmo para o xadrez político regional será o resultado no Funchal o qual condicionará o panorama político regional no curto prazo.

Quem ganhar este ano a capital tem meio caminho andado e para isso há que apresentar os melhores candidatos e o melhor projeto para a Cidade, gente e programa credíveis, mas até agora nada para além das coisas do costume e da espuma do populismo e do politicamente correto.

Não conheço nenhuma ideia estruturante, nenhuma visão, nenhum vislumbre, nenhuma estratégia para uma cidade do futuro, que se quer ambientalmente sustentável, solidária, inclusiva mas com regras, com habitação a preços compatíveis com a realidade salarial dos seus habitantes, livre de autocarros no seu interior, que entopem o trânsito e aumentam, sobremaneira, a poluição e onde apenas veículos de transporte público elétricos deveriam circular.

Outra coisa que deveria merecer atenção municipal são as famigeradas árvores da Estrada Monumental, que ao longo de décadas tem provocado acidentes e até mortes, porquanto, como se sabe algumas invadem parcialmente a estrada.

Ninguém tem coragem para fazer a única coisa possível; remove-las e plantar, em seu lugar, outras que, no futuro, não venham a apresentar o mesmo resultado.

O fundamentalismo ambientalista e das forças vivas/mortas da sociedade não deixam e os políticos não têm coragem. Que tal se perguntassem à população, sob a forma de referendo, o que fazer.

Regressando ao futuro quando é que o Vice-presidente do Governo e candidato à CMF vai suspender as funções que exerce e que, a pretexto da governação, o posicionam, permanentemente, num cenário de campanha eleitoral utilizando para o efeito os recursos públicos.

Está na hora de despertar, de sair da toca e demonstrar porque é que os funchalenses devem continuar a apostar no projeto em curso. O PPD já tem a candidatura em marcha e pensar que esconder o jogo é uma vantagem pode parecer também que não se tem equipa e em política, normalmente, o que parece é, ou pelo menos é isso que o eleitorado inculca.

Estou confiante no único resultado que interessa. Sem tremores nem desculpas, os “astros políticos” estão alinhados, as responsabilidades identificadas, só precisamos de avançar o quanto antes para depois não termos de arranjar desculpas e mergulhar em crises prematuras. O único resultado que interessa é a vitória e para atingir esse desiderato todos devem ser convocados.

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