A Primeira Lei determina que: "Inevitavelmente, toda a gente subestima o número de indivíduos estúpidos em circulação". Por outras palavras, o número de pessoas estúpidas só não é infinito porque o número de pessoas vivas é finito. Se refletirmos, vamos ficar surpreendidos com a quantidade de indivíduos que jugáramos racionais e se revelam descaradamente estúpidos e por sermos incessantemente perturbados nas nossas atividades diárias por este tipo de indivíduos que surgem inesperadamente nos locais mais inconvenientes e nos momentos mais improváveis.
A Segunda Lei determina que: "A probabilidade de uma certa pessoa ser estúpida é independente de qualquer outra característica dessa pessoa." Sendo esta proporção invariável e uniformemente distribuída, independentemente do nível socioeconómico de cada um de nós, o rácio será o mesmo entre vencedores do prémio Nobel e colecionadores de cabeças da Polinésia.
A Terceira Lei determina que: "Uma pessoa estúpida é uma pessoa que causa perdas a outra pessoa ou grupo de pessoas enquanto ela própria não retira nenhum ganho da ação e pode até incorrer em perdas." Todos nós recordamos casos nos quais um indivíduo realizou uma ação que o beneficiou e resultou em perdas para nós - tivemos de lidar com um bandido. Também recordamos situações em que alguém realizou uma ação que resultou em perdas para ele e num ganho para nós - lidámos com alguém desamparado. Na melhor das hipóteses, recordamos casos em que alguém executou uma ação que resultou em benefícios para ambas as partes - lidámos com pessoas inteligentes. Infelizmente, o nosso quotidiano é dominado por situações em que perdemos dinheiro, tempo, energia, apetite, alegria e saúde graças à ação improvável de uma qualquer criatura irracional que não tem nada a ganhar e que realmente não ganha nada em nos causar embaraços, dificuldades ou por nos prejudicar.
A Quarta Lei determina que: "As pessoas não estúpidas subestimam sempre o poder destrutivo dos indivíduos estúpidos. Elas esquecem-se constantemente de que ao se associarem a pessoas estúpidas ou terem de lidar com elas, resulta infalivelmente num erro custoso, qualquer que seja o momento, o lugar ou a circunstância." Ao longos dos séculos, tanto em público como na vida privada, incontáveis pessoas não levaram esta lei a sério, resultando perdas incalculáveis à humanidade.
A Quinta Lei determina que: "Uma pessoa estúpida é o tipo mais perigoso de pessoa que existe (até mais do que um bandido)." Porque no limite, a ação de um bandido é pura e simplesmente transferir a riqueza e o bem-estar de um indivíduo para o outro. Aqui a sociedade no seu todo não melhora nem piora, não existem grandes desastres e o mundo baseia-se na transferência de riqueza em favor daqueles que empreendem tais ações. Já quando as pessoas estúpidas põem mão à obra, a história é completamente diferente. Elas causam perdas aos outros sem qualquer contrapartida positiva para o seu lado. Assim, a sociedade no seu todo fica empobrecida.
Relembrando as sábias palavras de Bertrand Russel: "O problema do mundo é que os estúpidos são presunçosos e os inteligentes são cheios de dúvidas."