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Artigo de Opinião

Advogado

21/11/2023 08:00

Os bancos enriquecem e a população fica empobrecida.

Nunca os bancos lucraram tanto como agora, com o aumento das taxas de juro.

Seria necessário que o rendimento das pessoas também aumentasse para combater a inflação, o aumento dos salários e das pensões.

O que se observa é o aumento do preço da gasolina, dos bens essenciais, supermercados, e das prestações bancárias sem o correspondente aumento do rendimento.

Quem paga a crise é a população que se vê assim empobrecida.

Com o aumento dos rendimentos, salário mínimo nacional e regional, também subirá certamente o ordenado médio, porque as pessoas vão valorizar mais o seu trabalho, e equivaler as coisas por cima e não por baixo.

A inflação é uma teoria da economia, que não se sabe muito bem como começa, quais são as suas causas, esta subida da inflação não se deveu ao aumento da procura, mas sim ao aumento generalizado dos custos de produção, e aumento das taxas de juro fixadas pela europa sem que os países tivessem sequer uma palavra a dizer, pelo menos os países mais pequenos, deixamos de ter uma política monetária interna, para passar a ser internacional.

Se fosse em Portugal com o seu estatuto autónomo, a combater a inflação, poderia emitir mais papel-moeda, através da subida dos salários e pensões, assim combatendo a inflação, sem subir taxas de juro que têm como único interesse baixar a procura, mas se esta não é uma crise pelo aumento da procura, como se combate baixando a procura, de modo que os preços desçam. O certo é que os preços não desceram, nem a procura diminui, certo é que não à fim à vista, é só o degradar cada vez mais a situação das pessoas. Pagam-se impostos, fazemos descontos para a segurança social, em nome de uma política que melhor servisse os interesses da maioria, não a defesa dos lucros de meia dúzia de empresas que levam o rendimento português.

Os preços sobem e as pessoas empobrecem, porque continuam a receber o mesmo, o estado enriquece, à custa dos impostos indirectos, iva e impostos sobre bens específicos, por exemplo na gasolina, e as empresas de topo têm a sua sede fora de Portugal, ou são detidas por Países e pessoas estrangeiras, porque o estado vendeu o país ao desbarato.

Portugal só tem uma solução, que não passa por não aplicar as subidas das taxas de juro, porque como se sabe é política monetária internacional, e o liberalismo vem por aí a fora, sugar os rendimentos de quem menos tem.

A subida das taxas de juro, apenas interessam aos bancos, pois o povo em geral é contra esses aumentos, e os aumentos das prestações a pagar aos bancos.

O único caminho, pois, está claro, é a subida generalizada dos aumentos dos rendimentos dos portugueses.

A deflação também acontece, mas não tem tantos impactos como a inflação, entramos na comunidade europeia, precisamente, para combater a inflação que com os aumentos do preço do petróleo fazia-se sentir nos países da comunidade.

Mas actualmente seguimos uma política liberal, em que a intervenção do estado na economia é mínima, daí advém que uma mão invisível do mercado se adapte à lei da procura e da oferta.

Só uma política de esquerda, é capaz de terminar com a inflação, e não é com o PS que lá vamos, muito menos com o Chega e o PSD.

Portugal está a virar à direita, mas sabemos o que isso quer dizer com o aumento dos impostos, e a diminuição dos rendimentos, como também mais apoios para quem tem mais e menos redistribuição dos rendimentos obtidos em solo português.

Seria necessário taxar os rendimentos dos bancos, com uma taxa extraordinária.

Taxar as grandes heranças, de modo a que a população se ajuste à média do país, em que não se fazem grandes fortunas sem a taxa equivalente ao seu real rendimento.

Os impostos deviam de deixar a classe média respirar, e as classes mais baixas, deviam ser substituídas por uma redistribuição de rendimentos, que viesse de cima das elites aristocráticas, da banca e dos grandes negócios.

Isto sim uma verdadeira inversão de política ao que temos assistido após o 25 de abril.

Sem mais a esclarecer, o aumento do rendimento das populações é o caminho para acabar com a inflação, e conseguir manter uma procura estável, que em nada faz subir o aumento dos preços, pois trata-se de uma crise de produção e não do aumento da procura.

Se os salários aumentarem, os preços mantêm-se porque o salário cresce acima da inflação.

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