MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

18/01/2023 08:00

Devido a vários fatores, muitas destas zonas necessitavam e/ou necessitam de intervenção devido a alguma degradação. Primeiro, porque se localizam em áreas muito expostas a fatores meteorológicos extremos que aumentam a degradação dos materiais; segundo o uso intensivo destes locais provocam desgastes acrescidos dos materiais; terceiro porque, por vezes, verificam-se atos de vandalismo e de destruição, atos lamentáveis e condenáveis. Além do mais, comportamento gera comportamento, e o que se verifica é que a degradação ou inoperacionalidade dos equipamentos gera utilizações indevidas e pouco cuidadas dos mesmos contribuindo ainda mais para a sua degradação.

O Governo Regional através da Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas tem vindo desde 2018 a efetuar um trabalho de recuperação, requalificação e de manutenção de todas estas zonas de lazer. A experiência dos técnicos e funcionários do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, IP-RAM (IFCN) na manutenção e acompanhamento destas zonas de lazer, permitiu que para cada uma dessas zonas se adotasse as melhores soluções, tendo sempre presente as necessidades dos seus utilizadores. Assim, para cada uma destas zonas há essa preocupação e estudo prévio antes de qualquer trabalho de recuperação no terreno. Há ainda a preocupação de utilização dos melhores materiais e melhor arquitetura. Houve que definir novos tipo de fogareiros, com materiais mais resistentes e enquadrados. Foram definidas novas arquiteturas de casas de banho, quando as mesmas têm de ser totalmente remodeladas, e foi aperfeiçoado e reforçado o tipo de material utilizado nas mesas e bancos que caraterizam todos estes locais.

Foram já mais de 20 zonas de lazer que foram recuperadas, zonas que incorporam os quatro quadrantes da ilha da Madeira, sem esquecer o Porto Santo.

Na Madeira foram recuperadas zonas como a Bica da Cana, o Fanal, o Rabaçal, a Fonte do Bispo, o Chão das Feiteiras e por último o Chão dos Louros. Umas zonas com recuperações mais profunda outras menos profunda, mas sempre mantendo as características do local e mantendo as infraestruturas existentes, existindo sim a preocupação de as melhorar.

No Porto Santo, com um trabalho conjunto entre o IFCN e a Administração Publica do Porto Santo, recuperou-se todo o Parque Florestal dos Salões, criando-se novas atratividades sendo uma delas a colocação de fogareiros, mesas e bancos para usufruto da população. Ainda no Porto Santo no Sítio da Camacha foi construída uma nova zona de lazer, requalificando toda a área.

Existem muitas mais áreas para recuperar e melhorar, existem projetos para a criação de novas zonas de lazer e este trabalho irá continuar nos próximos anos, estando previsto para este ano de 2023 a recuperação de pelo menos mais duas zonas, o Pico das Pedras e o Montado do Pereiro.

O Investimento destas recuperações, ronda os 600 000 euros, sendo algumas destas recuperações financiadas por apoios comunitários nomeadamente o PRODERAM.

Julgo ser um trabalho reconhecido pelos madeirenses, pois é intensão do GR dar sempre as melhores condições de utilização destes espaços. Por vezes, questões tão simples como a existência de água em cada um destes locais torna-se numa verdadeira dor de cabeça, mas com perseverança tem o IFCN conseguido ultrapassar todas essas questões.

Por fim, apelo à responsabilidade e ao civismo de todos os utilizadores destes espaços para que os utilizem da forma mais responsável possível. Estes equipamentos e zonas coletivas podem e devem ser utilizados por quem assim o desejar, sendo motivo de orgulho e de satisfação essa utilização por parte do IFCN, entidade que gere e mantém esses locais. Contudo não compreendemos a utilização pouco cuidada dos mesmos, e sobre tudo os atos de vandalismos que nos dias de hoje e na sociedade em que vivemos não são admissíveis nem compreensíveis, mas que infelizmente ainda se registam.

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