É nesta época do ano onde encontramos mais madeirenses nas nossas serras, tudo motivado pelo rali. Hoje, por exemplo, o campismo parece estar na moda, mas os madeirenses sempre acamparam, de longa data, nesta altura do ano, e muitas das atuais zonas de campismo surgiram nessa altura.
Mas hoje a realidade é outra. Não temos apenas os madeirenses a usufruir das nossas serras nesta época. Esta utilização tem de ser compatibilizada com os muitos turistas que nos visitam à procura da natureza.
Este fato aumenta a responsabilidade de todos os presentes neste espaço, com relevância para os madeirenses.
Temos registado na plataforma simplifica alguns pedidos para acampar vindos de madeirenses, longe do que já foi no passado e com maior procura para as zonas do Poiso e Chão do Louros (locais onde existem classificativas do Rali Vinho Madeira).
O Governo Regional tem efetuado inúmeros investimentos nestes espaços florestais, melhorando e recuperando grande parte das zonas de lazer existentes nas áreas sob gestão do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), zonas que servem de apoio, nesta altura do ano, ao publico do rali, a quem acampa e a quem procura a floresta com fins lúdicos.
Foram já mais de 20 zonas de lazer que foram recuperadas, zonas que incorporam os quatro quadrantes da ilha da Madeira, sem esquecer o Porto Santo.
Na Madeira foram recuperadas zonas como a Bica da Cana, o Fanal, o Rabaçal, a Fonte do Bispo, o Chão das Feiteiras, o Poiso ou o Chão dos Louros. Umas zonas com recuperações mais profunda outras menos profunda, mas sempre mantendo as características do local e mantendo as infraestruturas existentes, existindo sim a preocupação de as melhorar.
No Porto Santo, recuperou-se todo o Parque Florestal dos Salões e no Sítio da Camacha foi construída uma nova zona de lazer, requalificando toda a área.
Existem muitas mais áreas para recuperar e melhorar, existem projetos para a criação de novas zonas de lazer e este trabalho irá continuar nos próximos anos, estando previsto para este ano de 2023 a recuperação de pelo menos mais duas zonas, o Pico das Pedras e o Montado do Pereiro.
O Investimento destas recuperações, ultrapassa já os 700 000 euros nos últimos anos, mas julgo ser um trabalho reconhecido pelos madeirenses, pois é intensão do Governo Regional dar sempre as melhores condições de utilização destes espaços.
Todo o trabalho do IFCN nesta área da utilização lúdica da floresta, pauta-se por investimento e soluções equilibradas, ponderadas e estudadas. Não conseguiremos nem pretendemos colocar em todos os locais infraestruturas de apoio. Questões como a utilização do fogo nos fogareiros, a existência de água, ou mesmo as casas de banho implicam ponderações, até porque grande parte destas zonas encontram-se inseridas em áreas de elevado estatuto de proteção.
Este modo de atuação esteve também presente na solução encontrada para o estacionamento periférico do Pico do Areeiro, em que os mais de 300 lugares são disponibilizados em terra batida evitando a impermeabilização do solo e em zona onde predominava vegetação invasora.
Igualmente o método de pagamento das entradas no Percurso Pedestre da Ponta de São Lourenço, para não residentes na Madeira, foi estudado e ponderado, pois foi objetivo criar um sistema sem infraestruturas e impacto no local.
Estamos em querer que os madeirenses vão assistir ao rali em segurança nas nossas serras, e vão preservar toda a flora, fauna e as infraestruturas que encontrarem. Irão ter o máximo de cuidado com a utilização do fogo e vão trazer consigo o seu lixo, tendo sempre presente o slogan de que Uma Floresta Segura depende de Todos Nós…