Um apoio perfeitamente natural, expresso por aqueles que não acreditam no socialismo e por parte de quem já sentiu na pele as barbáries e o desgoverno que este partido de esquerda representa que é, também, uma forma de reconhecimento às políticas de integração e inclusão que aqui são felizmente promovidas.
Aqueles mais velhos que emigraram há muitos anos e que tiveram de regressar reconhecem a evolução de uma Região que mudou muito - e bem - graças à liderança dos sucessivos governos Social-democratas.
E é importante dizer que esse reconhecimento, que se expressa na altura de campanha, é igualmente sentido no dia-a-dia, porque o trabalho faz-se em continuidade e todos os dias lutamos, juntos, para melhorar.
Quem parece que não sabe conviver com esta capacidade de acolhimento e integração e com o esmagador apoio da nossa comunidade é o partido socialista. Tem sido difícil para o PS/Madeira aceitar esta realidade, particularmente desde o dia 22 de setembro de 2019. Acredito que tenha sido difícil gerir a derrota, mas isso não justifica que se descarregue a frustração para todos e quaisquer alvos.
Nem tampouco justifica que alguns desses alvos sejam, exatamente, aqueles que regressam à Madeira.
Não podemos esquecer o investimento reforçado na área da saúde por parte do Governo Regional, que supostamente seria compensado pelo Governo socialista da República e que nunca chegou, assim como também não devemos esquecer aquilo que foi inscrito nos sucessivos Orçamentos do Estado, aquelas transferências de verbas que nunca chegaram a concretizar-se e que em muito ajudariam a garantir mais respostas, sendo, aliás, essa uma das responsabilidades do Governo Central.
Assim como também convém relembrar as palavras do atual Secretário de Estado das Comunidades, em 2022, quando afirmou que aquilo que nós queríamos era uma "mala de dinheiro", desprezando não só tudo aquilo que foi e que continua a ser feito por estes cidadãos na Região como, também, negando-lhes apoios a que têm direito.
É que, na verdade, nada foi feito pelo governo socialista a favor das nossas Comunidades. O quê dizer do dossiê das equivalências dos portugueses e lusodescendentes com licenciatura formados na Venezuela, um problema que se arrasta há vários anos e sobre o qual teimam em não mexer uma palha, mesmo sabendo que estes profissionais poderiam compensar as graves falhas que alguns setores atravessam em Portugal, como é o caso da Saúde?
O que dizer do Programa "Regressar", relativamente ao qual os socialistas Madeirenses já manifestaram que não querem saber e nada vão fazer para que o Estado cumpra com as suas responsabilidades?
Quanto aos lesados do BES e do BANIF, também nada há a fazer ou a dizer. Reuniões e mais reuniões, promessas e mais promessas e agora eu pergunto: porque será que não resolvem? É que há milhões para outros Bancos, milhões para a TAP e o resto? Será apenas e só pura vingança política? Ou será só mais um capítulo da incompetência de quem governa este País?
Estes são apenas alguns exemplos das políticas de quem parece não se lembrar das suas ações e que ainda tem a distinta lata de falar e criticar a estratégia acertada de um Governo Regional que soube abrir os seus braços para acolher, reforçar escolas, sistemas de saúde, segurança social, programas de emprego e por muitas vezes substituir-se ao Estado em termos de diplomacia.
Continuem com a sua vingança que vão continuar a levar resposta.