Pelo menos que eu tenha conhecimento, os alunos do Porto Moniz não têm ainda o seu Laboratório Digital ou Sala do Futuro devidamente apetrechados como sucede já noutros estabelecimentos de ensino. Pergunta que se impõe: Se este concelho serviu de tubo de ensaio ao aqui ser criado o primeiro estabelecimento de ensino albergando crianças e população estudantil desde o Infantário ao 12.º Ano também não seria legítimo que aqui se tivesse instalado, por opção do Governo Regional, uma das primeiras salas com ferramenta tecnológica de qualidade? Este investimento não se justificaria ser mais precoce num concelho onde, desde ainda antes do Governo Regional decidir acelerar, a autarquia atribui a cada aluno um computador portátil, num claro contributo para este processo de digitalização do ensino?
A Escola Básica e Secundária com Pré-Escolar e Creche do Porto Moniz está na lista de organismos executores do Programa e atrevo-me até a apostar que o Laboratório Digital será apetrechado este ano, em vésperas das eleições regionais. Confesso-me até curioso para perceber se a autarquia será convidada a se fazer representar. Atenção que não me estou de forma alguma a fazer convidado até porque, como é de conhecimento público, bem raros são os eventos promovidos pelo Governo Regional neste concelho em que se denote respeito pelo Poder Local, democraticamente eleito. Ainda assim, será em momentos como esse que se perceberá que respeito existe por uma autarquia que tem apostado fortemente na Educação.
No Porto Moniz, ainda antes do cenário pandémico, a autarquia estava sensibilizada para a importância das ferramentas digitais na Educação, sendo prova disso a aquisição de quadros interativos para todas as salas de atividade curricular do 1.º Ciclo e de um equipamento movível deste género para apoio às atividades de enriquecimento e Pré-Escolar.
Costumo muitas vezes dizer que poucos são os que nos dão lições em matéria de zelar pelos interesses da população e dar resposta às suas necessidades e por muito que não queiram mesmo os que nos criticam acabam por mostrar que concordam com as medidas implementadas pelo executivo socialista.
Um exemplo claro de que, ao contrário do que já ouvi dizer, não é a Câmara Municipal de Porto Moniz que trabalha com "copy/paste" foi saber que a ACAPORAMA em parceria com a ADRAMA está a promover um projeto que visa atribuir material informático aos estudantes universitários. Nada contra o Projeto Inclusão Digital até porque segue as pisadas do apoio à Digitalização criado pela Câmara Municipal do Porto Moniz no âmbito do Programa Revitaliza+.
Contudo, há algo neste Projeto Inclusão Digital que me deixou perplexo: então depois do executivo socialista ter sido quase "crucificado" pelos eleitos da Coligação "Mais Para o Porto Moniz PPD/PSD.CDS/PP" e pelo Deputado à Assembleia Legislativa Regional Valter Correia por ser solicitada aos encarregados de educação dos alunos a quem esta autarquia atribuía um computador portátil a assinatura de um documento em que os mesmos, sob compromisso de honra, declaravam não terem recebido outro apoio do mesmo género por parte de outra entidade pública, vem agora este projeto exigir aos estudantes universitários documento semelhante, no qual os mesmos declarem não ter beneficiado de "…apoio da mesma natureza nos últimos 2 anos", por parte de entidades públicas (Governo Regional, Autarquias ou outras entidades públicas). É caso para dizer que é preciso ter lata!!
Obviamente que não nos demoveram os julgamentos em praça pública porque sabíamos que a lei era clara em matéria da não duplicação de apoios. Vergonhoso é todos perceberem o que na altura o executivo socialista percebeu: estes senhores estavam, uma vez mais, a tentar jogar areia para os olhos da população.
No meio disto tudo o que importa realçar é que 2023 vai ser mesmo ano de acelerar, em matéria de digitalização e noutras mas, infelizmente, a razão principal é por todos conhecida: temos eleições regionais à porta.
Nós, por cá, continuamos a trabalhar, em ritmo constante.