MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Economista

7/06/2023 06:00

Ora, como em tudo na vida pensamos que, com as alterações climáticas e segundo os cientistas, serem já um dado adquirido e se porventura os ventos fortes durarem muitos mais dias do que tem acontecido, então e se não se encontrar uma solução para evitar as referidas imagens, (as que acontecem na gare) então o ambiente tende a tornar-se muito, mas mesmo muito mau com todas as consequências para a economia da Região. Dispondo dos fabulosos avanços da tecnologia com particular destaque para o ramo I. A. pensamos ser momento exato do actual Governo Regional abrir imediatamente uma frente de trabalho, mas muito séria para estudar profundamente este assunto.

Que não fique para depois, até porque, politicamente, parece estarem reunidas muitas condições (veja-se o PRR em curso), como também o ambiente da governação central que examinado à lupa ou mesmo à vista desarmada, poderá ser propício a tão importante decisão. Quanto às últimas notícias temos : A 10/05/22 o JM diz que "alterações climáticas significam um desafio redobrado para as Regiões Insulares"; a 20/05/22 o JM diz que "Portugal é um dos países que mais vai sentir as alterações climáticas"; a 17/08/22 o JM diz "alterações climáticas: mitigação é decisiva mesmo a nível nacional"; a 29/11/22 o JM diz "UMA e SRA debatem impactos das alterações climáticas na agricultura"; a 10/11/22 DN diz que "Europa acusada de hipocrisia e duplos critérios" … e mais à frente diz que: "crítica à reabertura de centrais eléctricas a carvão na Europa face à crise energética causada pela guerra na Ucrânia"; a 11/11/22 DN diz que "MAIS" E "AGORA" no combate às alterações climáticas e tantas outras notícias alertam para o agravamento dos climas, com, as já mais que conhecidas consequências para o aeroporto da Madeira.

Entretanto e para o cidadão comum e sobretudo para quem tem que sair do arquipélago com alguma frequência, isto não está a ser nada amistoso enquanto não se vislumbrar alguma mudança neste processo, conforme notícias bem recentes. A 23 /05/23 o Sr. Secretário do turismo dizia que: "O mundo mudou menos para o aeroporto da Madeira", o que revela preocupação crescida se nada se alterar. Então qual o contributo que a I. A. poderá dar de forma a encontrar-se a solução deste problema que poderá tornar-se muito grave?

Conforme se disse no início, trata-se de abrir uma frente de investigação muito séria e não fechar este dossiê enquanto não se concluir pelas alterações a introduzir na estrutura aeroportuária e adaptadas às mudanças climáticas.

Como já mencionado noutras Crónicas de Opinião e neste mesmo espaço, o gabinete de investigação GIFAPE, desfruta de meios humanos e técnicos para colaborar nesse estudo relembrando que conforme notícias bem recentes davam nota de que já lá vão cerca de cinquenta anos que os governantes deste país (Ministros da República) andam à procura de uma alternativa para o aeroporto de Lisboa e que ainda não encontraram.

Estamos certos que na Madeira isso não vai acontecer. Como estas situações implicam financiamentos avultados (muita liquidez) alertamos que o fenómeno dos endividamentos soberanos - expressão de certo modo engraçada mas que pela sua própria natureza e dimensão, poderá estar com os dias contados (estamos a raciocinar em termos europeus) prevendo-se profundas mudanças técnicas e políticas que a acontecerem, Portugal, que não está em condições de assumir compromissos financeiros avultados, (recordemos a sua elevada Divida Pública) e que esse impedimento possa sobrar para a Região e ainda por obediência ao chamado O. E., ficar impedida de "mexer" no aeroporto. Sabemos que estas situações nem sempre constituem prioridades do Estado até porque e depois do aumento da pista, já lá vão muitos anos e porque "tudo tem funcionado bem", mais três nós, menos três nós, para permitir as aterragens, pouco diz ao Estado.

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