E isto aconteceu e acontece em menos de 50 anos de libertação do jugo da colonia e da humilhação de vida que tiveram os seus pais e avós. Isto acontece numa região insular e ultraperiférica, com pouco mais de 250 mil habitantes, que tomou as rédeas do seu destino e lutou para que o seu povo se elevasse e olhasse o mundo de frente, sem o peso da canga que o fazia andar de olhos no chão. Já o disse, esta geração, que brilha no desporto, mas que brilha também nas artes ou nas tecnologias, é a prova do sucesso da Autonomia. A prova que tomamos as decisões certas e que o nosso destino só a nos pertence. Esta geração é o nosso fruto e o nosso desafio!

Claro que o Afonso trabalhou e sofreu para ser campeão mundial. Só ele, o seu treinador e a sua família sabem o que custou esta medalha. A diferença é que esta geração sofre para ter êxito à escala mundial. Para se posicionar entre os melhores do mundo. Esta geração sofre e trabalha focada na elevação social. Já não sofre para sobreviver e saber assinar o nome.

Parabéns Afonso e obrigado por provares que as nossas lutas, menos públicas muitas vezes, mas igualmente suadas, dão-nos alegrias mundiais. Parabéns ao teu clube, o nosso clube, e à tua família que muito investe para que tragas esta medalha. E nem sequer penso em investimento material. Aquele forte abraço ao Alípio, esse teimoso que vê primeiro,… ele sabe porquê!

E enquanto uns, teimosos e obstinados, pugnam por alegrias mundiais, por cá, neste nacional porreirismo que nos diminui, ano após ano, e nos conduz à cauda da europa, a nova lei da droga é promulgada. Promulgada num país democrático que não considera relevante ouvir a opinião dos órgãos de governo das suas regiões autónomas, e que os socialistas que o governam produzem alterações de última hora, sem consensos ou discussão, para tornar a droga mais acessível, facilitar a sua circulação, despenalizar substâncias e dificultar a ação das forças de autoridade. Das alegrias mundiais às tristezas nacionais é só um pequeno passo. Isto é Portugal! Queremo-los saudáveis, fortes, realizados e felizes, e depois promulgamos uma lei que coloca a droga mais próxima dos consumidores. Uma desgraça de legislação que tem um culpado. O culpado é o PS e todos os socialistas que a votaram e aprovaram.

Continuaremos a trabalhar para que os nossos jovens nos deem alegrias mundiais, seja o Afonso, a Madalena, o Tiago e tantos outros que transpiram e sonham, e tudo faremos para os distanciar das tristezas nacionais, que ninguém quer ter à sua porta.