MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Médico-Dentista

21/07/2024 07:40

Aqui há coisa de um mês, juntaram-se os responsáveis pelas casas de saúde da Região. Estavam preocupadíssimos! Apelaram aos deputados, à governação, à diocese e, por fim, à população para a resolução da ingovernabilidade da Madeira. Defendiam que o funcionamento das “suas” ca(u)sas estava em risco. Para eles, a crise política instalada, à época, representava um “grave e elevado risco de perturbação para a Saúde Mental na Madeira”. Assumiram mesmo que tal iniciativa servia para fazer “pressão pública”. Fazer o quê? Sempre ouvi dizer que não se deve contrariar... Um deles, quiçá em desespero, disse mesmo que era “uma questão de responsabilidade, de respeito e de humanidade”. Bem... Mas está tudo louco ou faz-se? Não sei, mas o certo é que esse problema já não se põe! De sexta para cá que esses senhores, e muitos outros, já podem respirar de alívio. O orçamento já foi aprovado! Já vai haver dinheirinho para todos. Se Deus quiser, ninguém vai ficar de fora.

Com jeitinho, até mesmo os que vêm de fora vão ter direito a alguma coisa. Sim, ainda durante a apresentação do Orçamento, Eduardo Jesus mostrou-se incomodado com a história que parece ter-se inventado de que a Madeira está com excesso de turismo. Está bem que há zonas em que nem se pode transitar. Que os camones estacionam de qualquer maneira e causam o caos. Ok. E depois? Qual é o mal? Acontece. É sinal de que vão todos à mesma hora para o mesmo sítio. Mas calma. Não há nada que não se resolva. Aposto que a Secretaria já está a pensar mandar abrir mais levadas e construir picos para a malta ter por onde se espalhar. Ou não. É que, segundo o Secretário, aqui o ilhéu não sofre de “overtourism”. Longe disso. Conforme apontou, isso só acontece quando os cálculos de indicadores de sobrecarga se situam entre os 120 e os 130 e a Madeira ainda nem a ternura dos 40 atingiu... Ufa! E eu que pensava que se estava a massificar o destino. Que tontice. Afinal estamos óptimos e ainda com muita margem para crescer. Que bom. Não caibo em mim de contente. Mas esperem, esses números dizem respeito a quê? Têm em conta a qualidade de vida dos residentes? São sensíveis à subida vertiginosa dos preços das casas e afins? Não? Então qual é a ideia? Isto virar um parque de diversões para estrangeiros? Certo. E a mão de obra será nepalesa e bengalesa? Boa. Parece-me bem... E de preferência que não falem português.

E não! Não julguem que me estou a tornar xenófobo. Está bem que às vezes me aborreço quando os alienígenas fazem as rotundas todas por fora. Ou até quando não passam dos 50 km/h na faixa da esquerda. Ou mesmo quando param nas vias expresso para tirarem fotografias. Vá, quando tenho que ir para Santana e fico preso nas caravanas/procissões de rent a car’s... Mas eu não lhes quero mal! Afinal de contas, são eles que estão a encher o bolso de muitos que eu conheço. Venham mais vezes. Eles agradecem.

Quem já é a segunda vez que era para vir, mas não veio foi outra pessoa. Não é estrangeiro, mas também não é nativo. É Montenegro. Em Abril era para vir marcar presença no Congresso do PSD/M e, à última da hora, não veio. Mandou o secretário-geral. Pronto. Imprevistos acontecem e, sinceramente, não creio que Miguel Albuquerque tivesse ficado muito triste. Hoje era para estar presente na Herdade do Martinho, perdão, do Chão da Lagoa e adivinhem... Voltou a não vir! Segundo consta, está doente. Assim algo súbito. Sei lá. Só me resta esperar que recupere depressa. Eu e Miguel Albuquerque. Torcemos para que em Dezembro já esteja impecável e venha ver o fogo. Porque não? Nessa altura não é preciso falar. É comer as passas, pedir os desejos e ver aquele espetáculo pirotécnico ímpar. Bem, na verdade, se estiver mesmo, mesmo a pensar vir, o melhor é marcar já. Se não, nem à terceira será de vez... Não digo isto pela ocupação da ilha pois, como já se viu, o que não falta é espaço! O problema podem ser mesmo os aviões. Bem, com boa vontade, até isso se resolve. Se os C130 são bons para levarem políticos daqui para lá, também serão bons para os trazer de lá para aqui. Só não vem mesmo se não quiser! Ou se for louco...

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