Gostar dum animal é um acto sincero do ser-humano, tratar mal um animal diz muito da má índole das pessoas.

Devia haver mais planeamento para os animais errantes, o futuro deles tem de ser de uma vida condigna.

Não posso ver um animal desorientado na rua que me faz logo impressão, temos um partido que é o PAN, cujo trabalho pelos animais na região autónoma não tenho conhecimento ou visto algum.

Até temos o provedor do animal, cujo trabalho também não vislumbro.

O canil municipal, tem algum trabalho feito, mas podia fazer mais ainda, cães e gatos, deviam ser apoiados pela causa pública, tais como os animais selvagens que não são muitos na Madeira, em princípio qualquer animal e vida deve ser apoiado.

Sou contra as touradas, porque os touros também sofrem, e só um raciocínio conservador pode levar a que se chame tradição a um espectáculo dantesco.

Perante a lei só os animais com dono estão protegidos, de casos de violência, mas a lei já evoluiu e tem mais para evoluir, já conferiu alguma dignidade aos animais.

Há quem considere que não se deve tratar um animal como se trata um humano, ora é precisamente o contrário na forma como tratamos os animais, está espelhada a nossa dignidade, e a dignidade do animal.

As associações de animais, fazem mais pela causa animal que qualquer instituição pública, previnem os maus tratos a animais, e vão de encontro a dar conforto e dignidade ao animal, que não tem culpa de viver num mundo que por vezes é mau perante os outros seres vivos.

Não sou vegan, por isso não vou ao ponto de dizer que não se pode matar animais para comer, mas também não pode ser todo o tipo de animais como nos países asiáticos.

Se os animais têm algo parecido com alma, acho que sim, em cada animal está um traço de personalidade, uma organização hierárquica parecida à dos seres humanos.

Quantas vezes já se ouviu dizer que a vida é uma selva, ou que vivemos num mundo cão.

A sensibilidade perante um animal, diz muito do ser-humano que o cuida, e em nenhum caso devemos deixar um animal sofrer.

Não estou a dizer que não se deve matar uma mosca ou um mosquito, mas é preciso percorrer um largo caminho para se conferir dignidade aos animais e proteção perante a lei, principalmente os animais domésticos.

Qualquer pessoa que trate mal um animal, para mim já nem tem hipótese, ponho logo de parte.

Os animais não são seres pensantes, mas nutrem carinho pelos donos, e podem ser ensinados e acarinhados.

Hoje em dia a causa animal é ridicularizada, por quem tem a mania de o ser-humano intelectual, ser a causa e única razão do mundo.

Devia haver mais fundos privados para proteger os nossos animais, já que os públicos, poem sempre o animal, para segundo ou terceiro plano.

Vão começar as eleições, e não se vê nenhuma proposta para a causa animal, estão entregues a instituições privadas.

Há o problema dos sem abrigo com animais, é preciso fiscalizar para ver como tratam os cães.

Para os animais errantes além da esterilização, não se vê mais nenhuma proposta pública.

O Hospital veterinário é privado, mas poderia ter apoios do público, para os casos limite, de animais, sem sustentabilidade financeira.

Deviam haver mais canis públicos.

Penso que a falta de propostas a favor dos animais, diz muito da classe política em que vivemos, penso que a maioria da população apoiaria, e não há hierarquias em que se não for para os animais, vai para os hospitais ou a educação, existe orçamento para tudo.

É um problema complexo, que exige a mais profunda reflexão, para termos um mundo melhor.

Uma esfera de ambiguidade refere os pretensos intelectuais à condição de só valorizarem o ser-humano, e esquecerem o planeta.

Já estamos a pagar com as alterações climáticas, e mais vem pelo caminho.

É preciso lutar em força pelos direitos dos animais, por mais susceptibilidades e dificuldades que se encontrem.

O meu Bem-Haja ao Duarte Correia, proprietário da Vetmedis e do Hospital Veterinário, e a todas as associações que lutam pela causa animal.

Ia escrever sobre existencialismo, mas termino escrevendo sobre a causa animal, que diz muito de quem somos.