As meninas, em muitos países de fundamentalismo religioso, são proibidas de ir à escola, seja pela sua cultura, seja pelo Estado.
Nós somos uns privilegiados, temos escola, temos professores. A falta de professores é consequência dos vários anos em que era uma área sem que os estudantes não conseguiam visualizar algum tipo de futuro de empregabilidade. Neste momento, temos professores em idade de reforma e sem substitutos. Este não é um problema exclusivo de Portugal, veja-se o exemplo de França em que faltam 4 mil professores.
É necessário tornar a profissão de professor mais atrativa, quem não se recorda a importância que tinha um professor, fosse na cidade ou fosse no campo. Essa importância, que passou a ser quase insignificante, quando a responsabilidade deixou de ser dos alunos que não estudavam, para o professor, que ensinava mal. Então o menino e a menina são os melhores. Antigamente… Ai de quem se atrevesse desafiar a autoridade do professor.
A escola mudou é certo, mas também mudaram os professores e, acima de tudo, os alunos, que nascem com todo o conhecimento na palma da mão. Basta um pequeno clique e saberão toda a 1.ª dinastia, basta olharem para o Google Maps e sabem todos os rios do país.
Existem exemplos de escolas Khan Academy, mas aqui na Madeira temos o exemplo do Professor Marco Pereira, que é professor de Física e Química na Escola da Calheta e que é um sucesso no Youtube com mais de 12 mil subscritores. Eu cruzei-me com ele na escola, era ele professor estagiário na escola Francisco Franco e eu um aluno de 9.º ano. Este exemplo de como é possível fazer-se diferente e dar um modo diferente de como complementar as aulas.
Estes exemplos devem ser incentivados e promovidos. Elogiados!
Post Scriptum: Para liberais ou neoliberais que, defendem seguros de saúde para todos e talvez até o fim do SNS, veremos o que diz o nosso conterrâneo Luís Cardoso, que sofreu um aneurisma nos Estados Unidos da América, e, apesar de ter seguro de saúde, o mesmo só cobre 30 mil euros e ele necessita pagar 150 mil euros. E o desejo dele é regressar a Portugal para continuar o tratamento no SNS. Apesar de todos os males que o nosso SNS sofre, ainda é melhor que muitos sistemas. O privado deve continuar a complementar o SNS, mas nunca virá substituir o SNS. A saúde e o ensino privado podem complementar o público, mas nunca substituí-lo.