Esta é apresentação da obra: "A Aventuras de João sem Medo", de José Gomes Ferreira.
Qualquer semelhança com a realidade é a mais pura das verdades.
O medo é essencial para a proteção da espécie e mesmo, para a nossa sobrevivência. Mas, como tudo, em excesso pode tornar-nos dependentes, amorfos ou, no extremo oposto, desesperados, inconsequentes e arrogantes.
Cada qual deverá identificar um exemplar de cada extremo e os perigos que cada qual representa na e para a Sociedade. Na sua vida pessoal, no seu trabalho, no seu círculo social.
O meu João sem medo tem onze anos bem feitos e está em formação.
O meu João está a aprender que os atos têm consequências, as boas e as más, mas que no equilíbrio de ponderação de ambas, jamais as boas atitudes poderão ser aniquiladas pelas ações desesperadas e arrogantes de quem, simplesmente, reage ao medo de forma diferente.
Segue, João, sem medo extremo que te incapacite de lutar por aquilo em que acreditas. Segue meu João, na certeza de que se lutares pelo que acreditas nada terás a temer. Segue, bem sabendo que pelo caminho encontrarás barreiras, obstáculos, buracos, ciladas e pessoas muito más.
Mas, segue, João, sem medo.
Não será fácil, não será bom. Não. Terás dias terríveis em que nem te apetecerá sair da cama. Mas, vai e vai sem medo. Se chorares, coloca os "óculos de sol, para ninguém ver", como na canção. E se conseguires, sorri e canta, encanta e segue.
A maior certeza que te posso dar é: a frustração e arrependimento que sentires se desistires de lutar pelo que acreditas será superior à soma de todos os males que te possam fazer.
Há no oeste uma aldeia gaulesa em que o Obelix é uma mulher e usa saltos, dos quais não vai descer.
Vai, João, sem medo.