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Artigo de Opinião

Economista

2/07/2024 06:00

Trata-se de uma palavra, para algumas pessoas, vulgar, todavia para outras, o fim e ainda em alguns casos: “a morte “. Utilizada no dia-a-dia da nossa vida quotidiana, mas com um “sabor amargo” quando atinge uma certa velocidade ou aquecimento com todas as consequências que praticamente sabemos.

Porém algumas notícias são no mínimo curiosas: façamos um exercício mental: o que será uma divida por exemplo de 235 biliões de dólares? Ora este “interessante” número significa só e apenas que estamos no patamar da Dívida Mundial em 2021- (Jornal Expresso 16/DEZ/22). Mas o mundo devia a quem? Naturalmente que esta pergunta traz imediatamente a resposta: Uma ajuda: Trata-se do somatório das dívidas pública e privada excluindo o sistema bancário.

Ora quem deve, terá de pensar seriamente na situação de ter de pagar e de acordo com o que assinou por ocasião do empréstimo e livrar-se o mais depressa da dívida. Este é o pensamento mais elementar no senso comum. Todavia já não a outros níveis como por exemplo ao dos Estados. Breve recolha da informação do DN da Madeira de 25/06/24 só e apenas para entendermos esta dança do sobe e desce relativamente às de âmbito público e com base no peso dos empréstimos: Dívida bruta por instrumento financeiro: 1º TRIMESTRE DE 2023: 44,5 %; 1º TRI/ 24 foi de 39,8 %. Vejamos outra modalidade: Dívida Titulada: 1º TRIMESTRE DE 2023: 55,5 %; 1º TRI/2024 60,2%. Isto para dizer que para além das diferentes modalidades, esta variação dos saldos das referidas dívidas e não havendo nesta ligeira análise nada de bem nem de mal, mas só e apenas para referir que relativamente às pessoas singulares e às empresas, não se verificam facilidades como para o sector público.

Então, poderá tornar-se perigoso e aqui quando as pessoas ou as empresas atingem a ruptura de não conseguirem pagar as suas responsabilidades atempadamente ou mesmo não negociarem com os credores, o caminho de um modo geral é o da insolvência. Esta Crónica de Opinião tem por fim e em 2º plano, alertar que o processo de insolvência não abona a ninguém.

A palavra DÍVIDA tem um sentido mais ou menos como a energia e que agora está na moda – o nuclear. Se for bem aplicado temos resultado excelentes. Se for aplicado com fins de destruição, temos terror e morte. Tendo esta Crónica um fim de aconselhamento e dada a minha experiência nos tribunais e aqui entra a JUSTIÇA (que até nem devia estar, mas fica para outra Crónica), ter que ler os Relatórios das Insolvências e que nas suas CONCLUSÕES lá se diz, que os respectivos bens (das pessoas ou das empresas) terão que ser vendidos para pagar os credores. Ora aqui está o envenenamento duma insolvência, cujos efeitos nefastos até podem não ficar por aqui, como as consequências que a mesma arrasta durante alguns anos, com esta “marca negra” e que constitui um atropelo não só à vida profissional, bancária, comercial e até familiar.

Este tema – o endividamento, que decidi para esta Crónica tem por fim aconselhar e alertar para que, quem estiver com dificuldade em pagar o ou os empréstimos que estejam em curso, deve procurar aconselhamento em sentido oposto ao da insolvência ou seja o da RECUPERAÇÃO, mesmo que em situação já de certo modo apertada. Se efectivamente estivermos atentos à evolução dos tempos, como já referido noutras CRÓNICAS neste mesmo jornal, avizinham-se conjunturas muito difíceis para os empresários: as alterações climatéricas; a velocidade da evolução tecnológica; a descarbonização; a semana de quatro dias; os sistemáticos aumentos salariais que não param de acontecer; a carga fiscal que poderá vir a ter outros contornos e os imprevistos - que poderão configurar com o recurso ao crédito bancário para fazerem face à modernização das empresas.

Devem os senhores empresários estarem muito atentos à rapidez com que por vezes os mercados evoluem e ao menor descuido, as empresas madeirenses exportadoras devem observar a efervescência dos seus clientes porque qualquer deslize poderão não chegar a tempo de salvaguardar a sua quota de negócios. Quanto aos conflitos à escala mundial e em curso e cujas consequências ainda não chegaram, é melhor não lhes darmos por ora qualquer crédito e aguardarmos calmamente até ver. Em jeito de conclusão, DAR MUITA ATENÇÃO AO ENDIVIDAMENTO EVITANDO A INSOLVÊNCIA porque com este processo, todos perdem.

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