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Artigo de Opinião

Economista

21/11/2023 08:00

Senão vejamos: Portugal é um país insolvente porque não consegue, pelo PIB atual, pagar a divida nem em 50 anos e também pela sua dimensão (a da divida) poderá vir a ter dificuldades de conseguir cobrir a sua tesouraria quando precisar e por isso o actual 1º ministro pensou - o tal ato inteligente: então como resolver este problema? Como arranjar dinheiro sem afectar a gestão corrente do Estado? e ele próprio respondeu : fazer parar os fluxos de dinheiro de dentro para fora, (não esqueçamos que de momento anda muito gente com as suas revindicações a pedir dinheiro ao Estado e se pensarmos com alguma lucidez, este mesmo Estado não tem dinheiro para todos) enquanto que os fluxos de fora para dentro melhor dizendo - os impostos e outras tantas receitas, esses não param e assim consegue um superavit que, lá para Junho Julho/ 2024, permite, Portugal pagar uma avultada fatia de dívida portuguesa.

Então, quando o Dr. António Costa chegar a Bruxelas ou a Belém, vai receber os parabéns dos seus, já há muito, colegas, da armadilha que montou e que resultou. Se pensarmos um bocadinho são poucas as possibilidades de Portugal aliviar a dívida que tem para com o exterior e que se cifra aproximadamente nos 250,23 MM. Suponhamos que foi esta a estratégia que o sr. Dr. António Costa montou com esse fim. Entretanto, o 1º Ministro pede a demissão; a Assembleia vai para casa; o Presidente marca eleições; as máquinas partidárias começam a preparar os seus congressos e os referidos pedidos de dinheiro diminuam porque a maioria agarrada aos discursos dos seus líderes políticos com as habituais intervenções jornalísticas e radiofónicas distrai-se e o tempo vai passando. Pergunta mais que legítima: qual a relação entre este acontecimento político e a I. A.?

A Inteligência Artificial, quer queiramos quer não, já faz parte da nossa vida e está implantada em muitos sectores com os quais todos nós temos contacto só que ninguém nos diz que, por exemplo ao levantar dinheiro de um multibanco já lá não esteja uma minúscula peça a observar e a registar a imagem do operador; quem está a seu lado; as conversas que está a ter mesmo as do telemóvel e muito mais. Essa peça - a inteligente, regista tudo quanto observou, traduz num idioma próprio e informa o centro de controlo, para quê? Por enquanto não se sabe. Tudo em milésimo de segundo. Se tomar este rudimentar exemplo e o transpuser para outros domínios imagine caro leitor onde está metido!!! por que caminhos a I. A. já não andará? o que faz e para que serve? A estas perguntas, pouco mais se poderá responder do que isto. O sr. 1º ministro porque é pessoa muito inteligente não precisou de auscultar a I. A. e usando de sua própria montou a teia que descrevemos.

Até lá, ou seja, até à sua ida para Bruxelas ou Belém, muita tinta vai correr; os habituais comentadores deverão, como sempre falar do que sabem e também do que não sabem; os jornais o mesmo; os políticos fazem a sua vida; as chefias (que neste país, são muitas) também; os jovens a estudar; os trabalhadores a trabalhar e o Partido socialista, voltar infelizmente, a ter maioria na Assembleia.

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