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Artigo de Opinião

Subdiretor JM

19/10/2024 08:05

Em qualquer ramo de atividade, há sempre profissionais mais ou menos dedicados. Há quem goste do que faz. Há quem opte apenas pela figura de corpo presente. Há os que se limitam a cumprir os mínimos. Há o profissional orgulhosamente insatisfeito. Os que contribuem para um bom ambiente. Há o chefe que só manda fazer e nada faz, etc.

São os próprios colegas de trabalho que melhor separam/qualificam os diferentes profissionais. Ou pelo menos teriam mais legitimidade para o fazer dada a longa convivência. Alguns são injustos, é verdade. Outros tiram a fotografia perfeita do colega do lado.

Os critérios de avaliação dependem dos olhos de cada um. Até por quem é atendido. Neste contexto, independentemente de ser uma espécie de moda contestar e denunciar qualquer lacuna na saúde, também se justifica enaltecer as virtudes de quem procura encontrar boas respostas em situações aflitivas para doentes e familiares.

Quem se apercebe das vicissitudes que condicionam o quotidiano dos profissionais de saúde, também pode e deve constatar a forma como contornam eventuais limitações e tranquilizam familiares preocupados, a viver situações de natural tensão. Mais do que equipamentos e tecnologias de ponta, obviamente importantes, importa não descurar a justa valorização dos recursos humanos que compõem os diferentes serviços de saúde na Região.

Trabalhadores com importância acrescida numa sociedade cada vez mais envelhecida, em que as exigências nos cuidados de saúde primários são cada vez maiores.

A longevidade humana tem, de facto, aumentado. É preciso zelar por mais qualidade no final de vida. E apesar de muitas famílias conseguirem acompanhar, a par e passo, as necessidades dos seus mais que tudo, torna-se evidente que, a determinada altura, mesmo os mais habilitados, terão de recorrer a profissionais qualificados. Nesse sentido, o papel do enfermeiro afigura-se de grande importância, como observamos vezes sem conta.

Até um leigo, como é quem assina esta opinião, percebe que o enfermeiro está na linha da frente da saúde, se assim podemos dizer. Para além das suas habilitações técnicas, o enfermeiro, pelo menos a maioria, demonstra paciência, capacidade de ouvir, empatia e até resistência emocional para lidar com os problemas com que se deparam todos os dias. Não são seus, mas lidam como se fossem.

Para os que dão tudo a confortar os outros um simples obrigado não chega. Mas é o mínimo para quem pertence a uma classe que assiste à valorização de outros setores da sociedade, inclusivamente na área da saúde, e continua à espera de dias melhores, sem demonstrar desmotivação, pelo menos junto de quem os procura.

O maior património da saúde será, pois, os seus recursos humanos. Que merecem condições adequadas para corresponder aos anseios da população. Estamos a caminhar aceleradamente num sentido. Falta o outro. Cuidar de quem cuida de nós.

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