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Artigo de Opinião

18/03/2022 08:00

Ser pai não é ser mãe.

E ser mãe, não é ser pai.

Cada um no seu papel. Por muito que se fale, que se escreva, que se leia e tente inovar, estes papéis são diferenciados e insubstituíveis.

Os pais assumem uma função que felizmente, se tem vindo a alterar ao longo dos tempos, passando a ter um papel mais ativo e interventivo, dada a reestruturação do modelo das famílias e do papel da mulher na sociedade.

Os pais de hoje são mais pais, estão mais dentro da parentalidade, usufruem e assumem um papel determinante na educação e no percurso dos seus filhos.

Ser pai é ser cuidador, numa missão de entrega, num desapego renunciado de qualquer recompensa, mas encontrando a cada dia, uma fonte de amor.

Os verdadeiros pais serão sempre aqueles que nos cuidam, os que nos dão afeto e segurança para desbravar o mundo.

Ainda que imperfeitos, serão sempre os que nos permitem avançar com a confiança de que se algo não correr tão bem, teremos sempre em vista um porto de abrigo - onde recorrer.

Felizes daqueles que amanhã irão poder festejar este dia juntos, tendo oportunidade para usufruir desta tradição, que tanto representa. Alguns estarão lado a lado, outros de mãos dadas com as suas memórias. Outros, num vazio, por vezes colmatado por pessoas também especiais.

Mas aqui ao lado, na Europa, muitos pais guerreiros passarão por mais um dia de luta, de angústia e incerteza no regresso a casa, e reencontro com os seus filhos.

Num mundo que se imaginava mais evoluído e seguro. Numa sociedade a caminhar num rumo ao futuro e à evolução, percebemos que de um dia para o outro, tudo poderá mudar.

Percebemos que nada é garantido, que as sociedades também regridem, e que a nossa missão deverá centrar-se em manter as nossas conquistas, e toda a trajetória de desenvolvimento humano, social e económico.

Muito rápido percebemos que o mais importante será zelarmos pela paz social, pela nossa liberdade e dignidade, lutando sempre pelos nossos direitos fundamentais, imprescindíveis à vida em comunidade. Em manter a nossa democracia!

De que valerá sermos evoluídos científica e tecnologicamente, sem liberdade?

De que valerá sermos altamente diferenciados se não tivermos o essencial?

Sem Paz, sem Pão, o nosso Povo não terá a liberdade e segurança para poder viver em pleno as suas vidas, com a dignidade e a merecida felicidade.

A nossa liberdade, representada num Estado Democrático, será a base da nossa felicidade. Só com pessoas Livres e felizes, teremos uma sociedade mais equilibrada.

Amanhã felizmente a maioria das nossas crianças terá a liberdade e felicidade de estar junto dos seus, de mãos dadas num regresso a casa, com os seus pais.

Os nossos pais e mães são essenciais e complementares nas nossas vidas, e a soma das suas diferenças, de uma forma harmoniosa, resultará sempre no nosso melhor resultado.

Feliz Dia do Pai!

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