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Artigo de Opinião

Um tempo de proximidade, leva a que se crie uma intimidade tão grande, que até já tratamos por tu, quem não conhecemos.

A Política também toma parte deste modernismo, por vezes, por razões nem sempre desejáveis. Acontece nos parlamentos, debates, comentários políticos, um linguajar pouco educado, pouco elevado, agressivo e até vulgar.

É isso que o povo observa e ouve, daqueles que deveriam ser o exemplo de ética, que deveriam ter elevação, elegância e estética. Deveriam praticar uma oratória que, pedagogicamente, contivesse alguma poética.

Ética, Estética e Poética, precisam-se!

Precisam-se de comportamentos respeitosos de deputados para deputados, para governantes e para com os adversários políticos. Muitas vezes, o retrato é de deseducação e de boçalidade. De tudo isto, resulta o contrário, da forma como me educaram. E como os bons exemplos, felizmente, ainda existem, demonstram que se impõe um saudável convívio político, social e profissional.

Ouvir o cidadão comum, que nem conhece o agente político, seja Ministro, Presidente ou Primeiro Ministro, tratar por "António", por "Maria", por "Manuel" ou "Joaquim", agride a Estética e a Ética.

É tão bonito ouvir dizer, "o Senhor Presidente tal…", ou "o Senhor Ministro tal…", em vez do "Costa" ou o "Marcelo". Ouvir tratar por "Senhor" Doutor ou Engenheiro, Director ou Professor é bonito e, acima de tudo, é respeitável.

Infelizmente, o comportamento e os exemplos têm sido poucos ou nada pedagógicos e, pelo contrário, descultivam, quem foi bem educado.

Quando um indivíduo, que chegou a Primeiro Ministro, com este perfil, e consegue ter uma votação expressiva, atingindo mesmo, por uma vez a maioria absoluta, teremos de pensar, quem são os verdadeiros culpados!

O Procurador foi pouco esforçado na aquisição das provas, julgou que as evidências eram fortes.

O Juiz foi, claramente, tendencioso, desmontando a acusação, como se fosse o advogado de defesa do arguido.

E o Povo Português, que nunca quis ver que estava a dar força a um mentiroso compulsivo, um vigarista vestido de "Armani", tem, a meu ver, a maior culpa de termos tido um Primeiro Ministro, corrupto.

Claro que aqui, não há nenhuma ética. A estética é a da moda dos fatos de luxo e caros, e a poética é comprada a outros que a façam por si, como aconteceu com o livro, de que se julga autor, mas que, na realidade, foi escrito por outro, a troco de oitenta e quatro mil euros. Não há aqui nada merecedor de respeito, não há aqui nada de que nos possamos orgulhar como Cidadãos de um País.

São estes inconvenientes, exemplos que constroem uma imagem e um linguajar, pouco respeitável, pouco poético, pouco estético e sem qualquer ética social.

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