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Artigo de Opinião

24/10/2024 08:00

O Povo português andou mediaticamente sequestrado por uma telenovela de segunda classe “O Orçamento”.

Enredo bem distante, para não ter que aflorá-los, dos seis grandes problemas da Nação Portuguesa:

• a Habitação;

• a Saúde;

• a Justiça;

• o Sistema Educativo;

• o imprescindível investimento nas Forças Armadas;

• a devolução de Portugal aos Portugueses mediante a regionalização do Continente e o alargamento das Autonomias insulares, libertando-nos da partidocracia e da subordinação desta à plutocracia, bem como do instrumento destas duas, a burocracia. Regressarmos ao Estado Social, hoje substituído pelo Estado-assistêncialista que vem eliminando a Classe Média e institucionalizando a subsidiodependência.

Disto tudo, pouco ou nada se tratou.

Os Portugueses foram entretidos com uma “conversa” que nem chega a implicar 1% do Produto Interno Bruto nacional.

Não se considerou aumentar a Produtividade para se pagar melhores salários. Pois é assim que um País cresce e trava a inflação.

Não. A intoxicação palavrosa não falava em produzir mais, mas sim em distribuir - diga-se “comprar votos” - sem aumentar a Produtividade, nem aumentar o Valor e o Rendimento Interno Brutos.

Consequência, vem aí mais inflação.

Quem ganha com a inflação? A especulação. Quem perde? A Classe Média que não tem subsídios nem outras benesses pagas pelos Contribuintes, e que não progride nas Suas carreiras públicas e privadas.

Porquê não progride? Porque a Méritocracia não convém aos marxo-fascistas e, ao mesmo tempo, também à plutocracia - “santa aliança” a que chegamos!... - porque o objectivo de ambos é um igualitarismo que impeça uma Classe Média grande e forte, a qual provoca MUDANÇAS.

Este é o Sistema Político que temos.

Este é o Sistema Político contra o qual lutava Francisco Sá Carneiro e todos os que continuamos a pensar como Ele, mas hoje tacitamente acordado entre o PS e uma orientação nacional do PSD - que teve sempre o apoio da “Renovação” - diferente do Pensamento de Sá Carneiro.

Estamos perante um ERRO POLÍTICO que adia Portugal porque, assim, PS, PSD e toda a extrema-esquerda são situacionistas, contra uma reforma da Constituição de 1976.

Um erro e um DISPARATE, porque deixa ao partido da extrema-direita o monopólio da contestação ao Sistema, no caso e pelo que se vê, também evidente que fingida, outra fraude.

Os que, nos Partidos democráticos, mantemos a contestação ao Sistema Político, para defender o Regime Democrático, estamos postos de lado.

Porque somos vistos como podendo estragar o que vem sendo montado em Portugal.

E o que está a ser montado, não é positivo para os Portugueses.

É uma aparência, os Partidos Situacionistas usarem o “chega” para apresentar à população o mito de um “inimigo principal”.

Eles temem outras coisas.

Por exemplo, um Estado politicamente descentralizado (como a Suíça que é mais pequena do que Portugal), porque, assim, a plutocracia, a partidocracia e a burocracia de Lisboa não poderiam controlar todos os Portugueses, nem cometer abusos de poder sobre Estes.

Usam todos os processos para que nem sequer venha a público a discussão de um modelo ou mesmo de um partido federalista, pois esta seria a Revolução que complementaria o 25 de Abril.

Os “tachos” e as mediocridades que iriam ao ar!...

Mas, infelizmente, a maioria dos Portugueses, psicologicamente intoxicada, nem se apercebe disto!...

E isto anda a ser trabalhado há mais de uma década, principalmente sob a égide dos “poderes ocultos” que dominam o País.

Veja-se o caso da Madeira:

Primeiro passo, proceder ao enfraquecimento do PSD/Madeira por dentro, pois a sua passada hegemonia, conseguida através da vanguarda militante do processo autonómico, não era derrotável pela “oposição”. A qual, mesmo ainda hoje, ninguém considera credível para “alternativa”, por razões de domínio público.

Segundo passo, destruição do BANIF mediante “notícias” alarmantes para eliminar um Banco que se vinha comportando como um apoio sólido dos Governos das Regiões Autónomas.

Terceiro passo, os espetáculos mediáticos, envolvendo Forças de Segurança Interna e de Segurança Externa, que nada provaram e que ocorreram em termos de violação de Direitos Fundamentais da Pessoa Humana.

Acrescenta-se agora o tal Orçamento de Estado que serviu e serve para desviar as atenções dos problemas de fundo.

E nos trata colonialmente, apesar do que antes tanto aproximou a “Renovação” da linha hoje no poder interno do PSD nacional.

Toda a urdidura satânica, que aqui denuncio, vem servindo para:

• desprestigiar a Autonomia Políticas e as Suas Instituições;

• tirar-nos força em Bruxelas e Lisboa;

• usar-nos como pretexto para impedir a regionalização do Continente.

Este é o Quadro de Situação!

Quem, tiver medo, que se agache...

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Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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