Quando em 1974 se iniciou de facto a luta autonomista, após utopias sem resultados, os Princípios eram muito claros:
1. Primado da Pessoa Humana e Protecção da Instituição Família.
2. Democracia Política, Económica, Social e Cultural para todo o Portugal.
3. Autonomia Política progressiva, no seio da República Portuguesa, mas não aceitando o “Estado unitário”.
4. Integração europeia.
5. O Trabalho como meio essencial de Dignificação da Pessoa Humana, estando Capital e Natureza ao Seu serviço, através de um Estado Social apontado:
a. à justa distribuição da riqueza, através de salários progressivamente melhorados.
b. ao respeito pela propriedade e pela livre iniciativa, num critério de satisfação do Bem Comum;
c. a Incentivos ao Investimento, à Produtividade, ao Conhecimento, ao desenvolvimento da Investigação científica e à Inovação.
Só militando esta Autonomia será possível o sonho concretizável de uma “Singapura no Atlântico”. E não uma “Sicília no Atlântico “.
Ora, os tempos correram como sabem e vêem...
Felizmente, chegámos a uma fase em que a escolha já não é entre a Democracia e o totalitarismo. Todas as pessoas (ou quase todas...) estão inteiradas.
Também se tudo correr civilizadamente com Lisboa, não se põe qualquer das duas alternativas à Autonomia Política: independência ou integracionismo.
Na decadência pequeno-burguêsa dos dias de hoje, em que até o intervalo na crise política manifesta uma revivescência da “Madeira Velha”, no entanto a questão nem sequer é a de ter de escolher na confusão destes partidos agora cansados, rotineiros, medíocres, envelhecidos, completamente desajustados deste mundo cada vez mais globalizado que vem aí, impreparados para as NOVAS LUTAS necessárias.
A Madeira 2024 chegou a uma bifurcação.
Tem duas opções.
A escolhida marcará e será responsável pelo futuro do Povo Madeirense, por muito tempo.
OU:
A Madeira vai ao rumo do Desenvolvimento Integral (económico, social, cultural e ambiental), em que as despesas públicas correntes são exigentemente só as necessárias. Em que SÓ há subsídios às pessoas que comprovadamente, através de novos meios de prova a institucionalizar, de facto não possam trabalhar. Em que TODOS são obrigados a cumprir os seus Deveres para com os restantes Cidadãos, quer no domínio das declarações fiscais, quer no pagamento da utilização dos bens públicos e dos serviços públicos que desfrutam.
Assim, é possível uma maior disponibilidade de verbas para MAIS INVESTIMENTO e MODERNIZAÇÃO do nosso território. Logo, criação de mais Emprego, sobretudo o Qualificado que traz e fixa, no arquipélago, os nossos melhores Quadros.
E propicia um maior investimento também em Inovação, Investigação científica, Novas Tecnologias e nas Telecomunicações, estas imprescindíveis à nossa sobrevivência de insularizados. Tudo isto alavancado, em particular, pela nossa Universidade.
Como traz maior investimento público em Habitação, de maneira a que uma constante oferta trave ou impeça a especulação imobiliária nas vendas e nos alugueres.
OU:
Distraídos sob uma intensidade de Propaganda situacionista sem precedente na Democracia madeirense, vamos distribuindo “subsídios” e praticando uma loucura fantasista e autodeslumbrada de despesas que fazem falta ao Investimento.
Vamos consentindo que nem sequer se pague as rendas sociais, a água e a luz devidas aos cofres públicos do Povo Madeirense, o qual, POR ENQUANTO, OU RECEOSO, lá vai suportando.
Deixando-se que nem sequer se aproveitem, no seu todo, as quantidades de alimentos gratuitamente distribuídos, nunca monitorizados (porquê?...), um desperdício caricato e trágico de tão original “moeda de troca” eleitoral.
Vamos pactuando com a fraude divulgada de um tal “limiar da pobreza”, desmentido pelo parque automóvel, pelas viagens, pelas farras musicais e gastronómicas, etc., de que aliás todos gostamos.
Disfarça-se o não trabalhar, com “cursos de formação”, onde não há assiduidade dos “formandos”.
Subsidia-se e aguenta-se empresas que não são viáveis, mas que, até contrariando legislação europeia da concorrência a que felizmente Portugal está amarrado, lesa a sobrevivência, o Emprego, a rentabilidade das boas Empresas que temos, e até melhores receitas fiscais que estas podiam propiciar.
Uma Economia subsidiada não é promissora.
Importa-se mão-de-obra para acudir ao disparate. A qual embora contribua para a Segurança Social (espero!...) não compensa despesa pública com os que podem, mas não querem trabalhar.
Pior. Tal importação de mão-de-obra, e legitimamente das respectivas Famílias, AGRAVAM a despesa e a qualidade dos Serviços Públicos a que indiscutivelmente têm o mesmo Direito que nós. Bem como acentuam a pressão inflacionista, nos mesmos termos dos que não querem produzir, mas beneficiam de “borlas” e de dinheiro para consumo.
Tudo isto principalmente suportado pela Classe Média, ao que parece conformada ou receosa!...
O turismo vive um sucesso generalizado à escala mundial.
Mas, cá, vamos num sentido de massificação indesejada. Logo, também mais pressão inflacionista, dado o perfil do novo forasteiro, e desorganização da Qualidade de Vida existente, como do próprio território. Os “prémios” custam dinheiro, directa ou indirectamente. É discutível subsidiar “operações” que trazem este género de turismo.
E veja-se! Nesta “nova cultura” em que vivemos, estão famílias impunes, quando, em casa, se recusam a receber os seus idosos ou doentes após alta hospitalar, apesar de lhes ficarem com as pensões.
Mas é ver o exibicionismo a propósito da “causa animal”!...
Dizer isto, não é ser negativo, muito menos uma “conversa política”, que hoje até se tornou desinteressante.
É ser livre. É insistir em querer um futuro melhor para o Povo Madeirense.
Democraticamente, admito que possa ser eu a estar errado. Ou que, se calhar, não servia a opção Autonomista e Social-Democrata...
Mas têm de mo demonstrar. Num diálogo democrático e não com intrigas, conflitualidades provocadas para os medíocres sobreviverem, e soltando os cachorros de serviço, às minhas pernas indiferentes.
Ao me demonstrar, tenham presente que quando um sistema político alimenta a subsidiodependência das pessoas e das empresas, via “tachos”, dinheiro ou outras prendas, aqui começa, muito tenuemente, primeiro, o toque a finados pelas Liberdades Democráticas, pelo Desenvolvimento Integral, pela Qualidade de Vida.
Vejam a Venezuela.