Caros Madeirenses, eis-nos chegados àquela época do ano onde as ilhas ganham mais luzes que um concerto do Quim Barreiros e onde o bolo de mel é rei (e senhor) das nossas mesas.
Comecemos pela eterna questão: comprar presentes. Nada como subir e descer as ladeiras do Funchal em busca da prenda perfeita, queimando calorias que depois serão religiosamente repostas com a nossa rica gastronomia. Entre uma sandes de carne-vinho-e-alhos e outra, lá vamos nós, decidindo se este ano a tia Gertrudes ficará feliz com mais um bordado.
E as decorações, meus amigos? As nossas casas ficam tão enfeitadas que até a lapinha mais modesta faz o presépio do Vaticano parecer uma obra minimalista. E as luzes no Largo da Restauração e na Placa Central? Até parece que estamos a tentar sinalizar para vida extraterrestre!
Agora, falemos da Missa do Parto - aquela tradição que nos faz questionar se realmente gostamos tanto de acordar cedo, mas que depois compensa com aquele sentimento de comunidade (e com o cacau quente e as broas à saída da igreja).
E os fogos de artifício no Funchal? Uma tradição que não só ilumina os céus como também o Instagram de todos nós.
Mas o melhor do Natal na Madeira, sem dúvida, é o calor humano. Apesar das temperaturas amenas, o que realmente nos aquece são os abraços, as risadas e os brindes com poncha (ou um bom Vinho Madeira, para os mais tradicionais, ou ainda Brisa Maracujá, para os zero álcool). É ver as famílias reunidas, com as crianças a correr de um lado para o outro, ansiosas pela abertura dos presentes - momento que, invariavelmente, acaba com o avô a dormir no sofá.
Então, um brinde (com poncha, claro) a um Feliz Natal, cheio de alegria, saúde e muita festa! Que o Pai Natal não se perca a caminho da Madeira e que nos traga muita paz, amor e, quem sabe, umas passagens para o Porto Santo.
Feliz Natal, Madeira! E lembrem-se: depois do Natal, ainda temos o Ano Novo para continuar a festa. Porque aqui, festa nunca é demais!