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Artigo de Opinião

2/04/2024 08:00

“O consenso é a negociação da liderança” *

1. Montenegro

O líder da AD foi indigitado para Primeiro-ministro e toma hoje posse no cargo.

Depois de uma primeira etapa que envolveu a escolha do Presidente da Assembleia da República e onde ficou revelada a necessidade de uma mais apurada concertação de posições, vem aí a coleção de grandes desafios.

Para a esquerda, todos solucionáveis ontem!

Refiro-me à deplorável situação em que os serviços públicos se encontram, o caos que é a resposta de saúde pública nacional, a situação de desigualdade entre diferentes forças policiais que motivou manifestações de rua, a desconsideração (que o PS arrastou durante longos meses) pela situação dos professores, o PRR que está quase bloqueado porque o PS não cumpriu com exigências que são condição para o continuar dos pagamentos, os serviços de Justiça que têm os seus colaboradores a rebentar pelas costuras, assoberbados de trabalho e sem recursos humanos para a resposta necessária.

Estas são algumas das questões que se colocarão a Luis Montenegro depois de nove anos de socialismo e onde o discurso agora é o de que os cofres estão cheios, logo basta abrir os cordões à bolsa e derramar dinheiro sobre estas situações.

O novo primeiro-ministro terá de cumprir com a abertura de linhas de diálogo com todos estes setores, procurando entendimentos e níveis de compromisso que sejam exequíveis e deem esperança às diferentes solicitações.

Fazer como os Socialistas, que recusaram dialogar, ignoraram meses a fio os problemas e depois na campanha eleitoral já estavam disponíveis para repor os anos perdidos dos docentes, “queriam”, mas não podiam aumentar os polícias porque estavam em gestão ou até já sabiam como solucionar o problema dos médicos – isso não obrigado! Foi uma aldrabice que só engana quem está distraído.

O país também não sabia que uma das exigências para receber o PRR era uma profunda reforma da administração pública, que exige cortes nas chefias, redução de lugares de dirigentes e partilha de serviços entre ministérios.

O governo socialista nunca o disse, mas essa condicionante está em cima da mesa e sem ela o país não recebe a quinta fatia desse dinheiro.

Mais uma armadilha que fica para o executivo da AD!

2. Madeira

Vamos a eleições a 26 de maio por vontade de Marcelo.

O PPD/PSD Madeira está naturalmente preparado e os Madeirenses sabem-no.

Tem Programa de Governo e tem Orçamento Regional preparado.

Os cidadãos sabem com o que contar em relação às prioridades do Partido para a Madeira e Porto Santo.

Do outro lado também é claro que as esquerdas o que pretendem é derrubar o PPD/PSD. Não construir uma alternativa.

São estas duas atitudes o que estará em cima da mesa em maio.

A Madeira tem de continuar o seu caminho de crescimento!

3. Deselegâncias

O candidato a tudo, que lidera o Partido Socialista da Madeira, mostrou como não basta ser nomeado Secretário de Estado para ter modos.

Não basta frequentar as alcatifas do Palácio das Necessidades, ao Largo do Rilvas, para aprender o como estar em cada situação.

Isto a propósito da sua ida à audiência com o Presidente da República – Marcelo Rebelo de Sousa.

À saída fez declarações onde revelou qual era a posição do Presidente quanto a marcar ou não eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira dissolvendo o parlamento.

Nenhum dos outros partidos teve essa veleidade, qual falta de educação e de modos, manifestando Paulo Cafofo a sua falta de estaleca para lidar com situações onde o saber estar e saber agir são essenciais.

Não sei se mais “chá” resolve!

*Margaret Thatcher, antiga primeira-ministra britânica

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