É época natalícia, vem aí o espírito de Natal, de fraternidade e bondade para com os outros. Chegou a altura dos jantares de Natal, em que os colegas, amigos se reúnem para comer e beber num ambiente agradável. Lógico que todos estes convívios também podem trazer dissabores e confusões, mas regra geral as pessoas entendem-se, com o álcool à mistura e de barriga cheia lá vamos fazendo o Natal.

Chega o dia 23, dia de mercado, já foi melhor, antigamente, agora é mais uma festa com música, igual a muitas outras, gente a abarrotar e ponchas deslavadas, mas é o que há e se queremos encontrar gente é para lá que vamos.

Depois chega o dia 24, e não falo na primeira e segunda oitava porque não festejo, a romaria parte para a Camacha, aí sim, uma festa que mantém a sua tradicionalidade, poncha da boa, sandes carne vinha e alhos, e cacau quente. Também música defronte à Igreja e dentro, não fosse a terra do bailinho. O que sim é mau, é o trânsito e os lugares para estacionar.

Depois estamos em 25, pleno dia de Natal, em que há as trocas de prendas e em que vamos comer e beber para a casa de familiares. Os meninos brincam e vivem esta época com enorme felicidade, uns acreditam no Pai Natal, outros nem por isso, mas aquela prenda especial, faz sempre a vez de um Natal alegre. As famílias convivem e contam histórias do passado e do presente, há diversão para toda a família, barrigas alegres e muita satisfação, pelo convívio bem passado.

Depois temos o boxing day, em que há jogos da premier league, em plena altura natalícia, o que permite ver bons jogos e fazer apostas, só para tornar os jogos mais competitivos.

É altura de férias, uns vão passear outros ficam em casa, da maneira que o tempo está dá para ir à praia, é pena que o mar esteja mau.

Não se faz nada até vem o tédio à convalescença.

Hoje em dia os bares estão todos abertos, mas já lá vai o tempo em que se procurava um bar aberto para comprar cigarros e tomar café.

Não falo nas missas do parto, porque não vou, é muito cedo para mim, apesar de ser fascinante o ambiente com comes e bebes, a minha preguiça nunca me permitiu ir a tais desideratos

Depois vem o fim de ano, e toda a gente fala no fogo, nunca surpreendidos, por acharem que no assado era melhor, mas ainda há aqueles que ficam estupefactos com o fogo, eu o que gosto mais é a parte final do fogo, o fogo de estalo, principalmente se a terra tremer, quanto mais ruidoso e forte melhor é, os segundos finais.

Depois do fogo é sair à noite com os amigos, acompanhados por uns copos lá se vai passeando pelo Funchal, mas sem fato porque não há pachorra de tanta cerimónia. Um fim de ano mais casual possível é o que se quer, já lá vão os tempos dos hotéis e das discotecas.

Depois dia 1 é para dormir o dia inteiro, e mandar vir uma pizza, a ver filmes, sim porque ninguém cozinha, assegurado o café da manhã não se faz mais nada.

Depois entrar a trabalhar no dia 03 e a vida volta à rotina, avergar o serrote, é o que faz falta, e o que o homem está programado para fazer. Sem dinheiro não se vive e às vezes até trabalhamos e apanhamos clarezas no dinheiro, fora quando se trabalha, e é preciso pedir o dinheiro como se fosse uma esmola, isto digo eu porque sou profissional liberal e advogado, mas geralmente os clientes têm respeito, porque uma pessoa tem de se dar ao respeito, é a vida.

Dia de Reis também não festejo.

Sou agnóstico, não acredito em Deus, por isso uma certa parte da festa passa-me ao lado, mas gosto muito da moral cristã e de filmes bíblicos.

Resta-me desejar boas festas e um santo e feliz Natal, como também um próspero Ano Novo. Nunca deixem de acreditar em si próprios, e onde há uma chama de esperança, irá haver sempre liberdade e determinação de ir ao encontro duma vida melhor. Sejam bons uns para os outros e busquem sempre o que há de construtivo, desarmem a negatividade e a destruição, nutram bons sentimentos e a vida há-de rir de volta.