A comunidade deve pela compreensão e solidariedade apoiar estas mulheres e homens que abnegadamente se esforçam para construir os cidadãos de amanhã.
Já antes havia dito, várias vezes, que o meu interesse pela educação resulta da forma como vejo o mundo e a sociedade, da forma como sinto a necessidade de mudarmos o sentido das coisas e percebermos que com esta educação pouco criativa, pouco livre, pouco democrática, despótica e monolítica, que não pensa nem ensina a pensar, que não permite a crítica porque entende que não é criticável, exige que os professores, e eles são capazes, se auto-motivem, no seu já enorme esforço para a contribuição e mudança da consciência humana e a construção saudável da consciência dos mais novos, dando-lhes meios e incentivando-os a hábitos de observação, análise e crítica para que sejam eles a mudar a sociedade.
Sublinho, uma vez mais, que a palavra educação é usada de forma enganadora porque actualmente ela serve para transmitir subserviência intelectual, atrofiar e estagnar a criatividade e o pensamento dos seus fruidores. A educação hoje serve para reter os alunos disciplinadamente e passivos durante horas, dias, meses, fechados em salas de aula, a consumir informação estereotipada, com conteúdos sem nexo e desinteressantes.
Dentro de cada aluno há uma nascente de amor e de afectos para explorar que exige vocação, dedicação e uma entrega do professor muito equilibrada e sensata. É importante e fundamental a descoberta e a vivência dos múltiplos saberes: a sabedoria da liberdade; saber ser livre; saber ser solidário; saber ser feliz; saber ocupar o intelecto com o que há de belo e com todos os belos que há na vida e no universo. Com esses saberes é possível mudar o mundo e a sociedade.
Mais um ano lectivo em que temos de querer e conseguir dar um impulso em frente, com o bom trabalho e muito esforço dos nossos queridos professores.