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Artigo de Opinião

Engenheiro

21/07/2022 08:01

O nosso homem da TAP tem já um currículo robusto nestas coisas dos disparates, não fosse o facto de ser o ponta esquerda do PS. Este rapazinho o tal que se "estava a marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal", começou a época estival em grande. Foi a chamada entrada de leão, saída de sendeiro. Então não é que este camarada ao querer despachar, quase que era despachado. O novo aeroporto de Lisboa, o tal que deverá estar concluído lá para 2050 ou quando os aviões tiverem dentes, parecia que era desta que levantava voo. Coitado do ministro, teve que fazer uma aterragem de emergência, ou melhor, de clemência.

Quanto à nossa Gracinha, esta moça simpática parece que não perdeu o jeito para a comédia com que brindava os portugueses nos tempos da pandemia. Lembram-se quando fazia dupla com a temida Marta e nos matava de riso e de Covid nos "briefings" diários? Pois é, a Dra. Graça parece que continua engraçada, mas não lhe peçam receitas de bacalhau, muito menos do Bacalhau à Bráz, não vai ficar lá grande coisa. Então não é que os ovos podem causar intoxicações alimentares e que nos piqueniques as salmonelas podem fazer das suas e desgraçar um fim-de-semana em família. Se eu fosse galinha votava na Graça Freitas.

Graça Freitas não contente por assassinar uma receita da cozinha tradicional portuguesa ainda teve a lata de pedir aos portugueses para não adoecerem em férias. Pode parecer uma piada de mau gosto, mas disse (e sem se rir): "Agosto não é um bom mês para se ter acidentes ou doenças". Não sei, pensava que janeiro fosse o mês pior. Depois do Natal as coisas não são fáceis, para a saúde e para a carteira. No meio da verborreia em jeito de "influencer", teve ainda tempo de lançar este conselho: "Uso malas grandes, porque eu transporto meio litro de água. Posso passar nove horas nas urgências, tenho de beber água e encher com água potável". Água, já percebemos que tem que transportar em abundância, pois também a mete amiúde. As nove horas nas urgências deverá ser uma piadinha para o Serviço Nacional de Saúde socialista, pois todos nós sabemos que nove horas nas urgências, só se estivesse com uma fractura exposta ou em trabalho de parto… engraçadinha a nossa Graça.

Infelizmente nesta peça trágico-cómica em que se transformou este governo, a tragédia é o que sobressai. Os disparates esquecem-se, mas o drama fica e os incêndios que assolam o nosso território continental são bem a prova disso. Todos os anos o cenário repete-se e o país arde. As desculpas e os bodes "respiratórios" vão alternando, num jogo do empurra em que António Costa se tornou exímio. Nos vorazes directos dos telejornais, assiste-se de norte a sul do país ao inferno em que se transformam as nossas aldeias. Este ano, não raras vezes, este cruel cenário de desespero e de desamparo destas populações incendiadas fizeram-me lembrar as imagens dos últimos meses da Ucrânia ocupada. Se olharmos com atenção, são os mesmos casebres abrasados, os mesmos carros queimados, a mesma paisagem destruída. Infelizmente também é a mesma pobreza, é a mesma aflição, é a mesma angústia, é o mesmo abandono. Estas populações ficam entregues a si próprias, distantes de um país que não quer saber deles. Se numa guerra sem quartel esta situação é inevitável, num país em paz e numa democracia ocidental, esta situação é inadmissível. Para fingir que faz alguma coisa, o governo decretou a situação de contingência, impediu umas festas e mandou afastar as pessoas da floresta (a que ainda sobra). Felizmente que não se lembrou de republicar a lei de 1937 do Estado Novo, em que era proibido o uso ou simples detenção de acendedores ou isqueiros sem a devida licença fiscal, estou certo que o soviete Medina ia estimar.

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