Pedro Nuno Santos veio à Madeira em campanha.
O antigo ministro do PS, foi quem tomou a ponderada medida de aprovar pelo watsapp a indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis.
Ficou conhecido por isso, mas também pela sua “maravilhosa” demonstração de fanfarronice quando afirmou (e cito) “...Estou marimbando-me para os bancos alemães que nos emprestaram dinheiro nas condições em que nos emprestaram. Estou marimbando-me que nos chamem irresponsáveis. Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e dos franceses. Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos a dívida” e se o fizermos “as pernas dos banqueiros alemães até tremem”.
Claro que quando disse isto, era vice da bancada parlamentar do PS na Assembleia da República, mas isso devia ser – na sua visão - coisa tida por irrelevante ou cargo sem importância alguma (ou para não ser levado a sério), pelo que se podia dar ao dislate de esbracejar qualquer coisa.
Entretanto, depois dessa declaração Pedro Nuno foi para o Governo do PS e não há memória de ter dito algo sequer parecido a qualquer ministro alemão, muito menos de ter sugerido que o executivo de que fazia parte colocasse em prática a sua ideia!
Agora quer ser líder dos socialistas e na Madeira quis parecer simpático. Atacou logo o cargo de Representante da República porque “a Madeira e os Açores não são colónias são regiões de Portugal”.
Quem diria. Nunca se este homem, quer como deputado do PS quer como ministro, alguma vez disse coisa parecida em defesa das Autonomias.
Agora, para “amaciar” os Madeirenses, até faz o pino.
Não só disse bem da Madeira como ainda acrescentou “a Madeira e o Porto Santo não são um encargo para o país”.
Mais, o socialista conseguiu ver aquilo que os seus camaradas da Madeira nunca conseguiram ver.
Disse que, e transcrevo parte da notícia do DN, “ ...o povo madeirense foi sempre e continua a ser um grande exemplo para o país e para todos os portugueses” ao enaltecer a “tenacidade e perseverança” de quem sempre lutou para fazer da Madeira “uma região economicamente próspera” disse. Perante tamanhos atributos, não surpreendeu quando referiu que a Madeira é “exemplo a levar a todo o país”. Admitiu ainda que “a conquista da autonomia foi o instrumento que permitiu aos madeirenses tomarem o seu destino com as suas mãos” e fazerem deste arquipélago um território de prosperidade, bem patente no “crescimento económico e criação de emprego”.
Afinal, o que Pedro Nuno Santos veio descobrir é que a Madeira é um exemplo a seguir, para fazer o país sair da cepa torta.
O que fica claro é que até os socialistas consideram que a Madeira está no bom caminho, com desenvolvimento, prosperidade e qualidade de vida.
Logo, a questão que se coloca é a seguinte: porque não explicam isso aos socialistas de cá? É que parece que esses são os únicos a não querer ver essa evidência!