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Artigo de Opinião

Presidente da Câmara Municipal de Porto Moniz

1/01/2025 08:00

Este Natal, os madeirenses e porto-santenses foram presenteados, novamente, com a lamúria de que tudo vai parar. As obras vão parar, o investimento vai parar, a Madeira vai parar, o Porto Santo vai parar e eu não posso deixar de achar caricato que quem agora apregoa esta “paragem” seja a “família” laranja, a mesma “família” que, no tempo do Dr. Alberto João Jardim, gritava, a plenos pulmões, que o PSD punha “a Madeira em marcha”.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mantêm-se as vaidades e penso que já poucos têm dúvidas de que devemos, única e exclusivamente, ao PSD/Madeira não só a “paragem”, mas toda a instabilidade política a que temos vindo a estar sujeitos.

Não é verdade que tudo está prestes a parar, à laia de um fenómeno de cristalização temporal e espacial. Arrisco-me a dizer que nunca estaremos pior do que temos vindo a estar. A situação que agora se vive na Região resulta da democracia, que por cá ainda não se vive em pleno, mas que se vê desabrochar, a cada dia, com mais pujança.

Da mesma forma que afirmo, reiteradamente, que um político com medo da juventude é um político medíocre, não posso deixar de afirmar que não é bom político aquele que receia a democracia de pleno direito. É vergonhosa a estratégia de intimidar e fazer crer que, por ter sido chumbado o orçamento da Região, o mundo vá parar. O país foi governado em duodécimos e não parou.

É importante esclarecer os madeirenses e porto-santenses reforçando aquela que é a verdade: ficarão por gerir agora os mesmos milhões de antes, a ordem de grandeza do orçamento da Região irá manter-se, independentemente do facto deste ter sido chumbado, mas o que é facto é que uma gestão em duodécimos não deixa margem para o despesismo e para abrir os cordões à bolsa de forma desmesurada, como o PSD tanto desejaria fazer, ainda para mais em ano de eleições autárquicas. É caso para dizer que esta situação, para o PSD, não vem mesmo nada a calhar.

No caso concreto dos investimentos no Porto Moniz a diferença será bem pouca, com ou sem chumbo do orçamento, pois há muito que o Governo Regional não celebra contratos-programa com a autarquia e parece que já nenhum responsável concelhio do PSD se lembra, por exemplo, da necessidade de intervenção na saída do Túnel João Delgado.

Ressalve-se que a não acontecer essa tão necessária intervenção não será devido ao chumbo do orçamento, mas sim pelo facto de, ao contrário do que já sucedeu anteriormente, não existir, no PIDDAR 2025, qualquer referência direta à intervenção em causa.

Como noutras circunstâncias e por diversas vezes já referi, na política não pode valer tudo e no atual cenário regional é muito grave alguém insinuar que possam estar em causa os investimentos nas áreas da Saúde ou da Segurança.

Com engenho e empenho é possível cortar nas excentricidades e manter o investimento no essencial e, dirigindo-me diretamente aos que criticam veementemente o investimento do Município do Porto Moniz na Semana do Mar, se, apenas a título de exemplo, o Governo Regional não tiver, numa gestão em duodécimos, a possibilidade de despender 152.500,00€ para organizar um Festival da Natureza, far-se-á, certamente, uma festa mais pequena.

P.S: Que mais não seja, o tempo, esse, não para! No dia em que estreamos o Ano Novo, desejo que 2025 vos traga sucessos pessoais e profissionais e que seja generoso em saúde, para todos, sem exceção.

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