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Artigo de Opinião

20/11/2023 04:14

Uma das competências do Presidente da República é a de dissolver a Assembleia da República, após ouvir os partidos nela representados e o Conselho de Estado. Uma decisão que é apenas dele e, por isso, o Presidente da República será o principal responsável pela instabilidade que se avizinha com a previsível dificuldade em formar uma maioria que garanta estabilidade governativa. Vamos a eleições com base numa investigação que tem vindo a mostrar muitas fragilidades, com acusações não confirmadas pelo juiz de instrução criminal, cheia de erros grosseiros, pondo em causa, mais uma vez, a credibilidade da nossa justiça, politizando o que nunca deveria ser politizado.

Com as eleições para a Assembleia da República, as eleições internas do PS nacional, inicialmente marcadas para o mês de março, tiveram de ser antecipadas para dezembro deste ano. Neste momento, o PS conta com três candidatos à sua liderança, um processo eleitoral que se prevê vivo e proveitoso com José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos a se destacarem nesta corrida eleitoral. PNS há muito que ambiciona ser Secretário-Geral do PS, tendo, por isso, começado a preparar a sua candidatura cedo, movimentando as bases do partido, partindo assim com alguma vantagem perante os seus adversários. Por outro lado, José Luís Carneiro que se tem destacado como um dos melhores Ministros do Governo, apresenta apoiantes de peso, não se vislumbrando para já nenhum perdedor anunciado. Muito ainda pode acontecer e até ao dia 16 de dezembro, os candidatos irão esgrimir os seus argumentos, para que os militantes do PS possam fazer a sua escolha em consciência.

Apesar de gostar do estilo combativo de Pedro Nuno Santos, também da sua vertente mais à esquerda dentro do próprio PS, a minha escolha vai para José Luís Carneiro, pois o seu percurso irrepreensível leva-me a pensar que será nesta fase a melhor escolha para Secretário-Geral do PS e consequentemente a melhor escolha para candidato a Primeiro Ministro. Não é uma escolha fácil, e de uma coisa tenho a certeza, qualquer um dos 2 será o melhor candidato a Primeiro-Ministro de todo o espetro político português. Não será com Montenegros, ou Venturas que o país ficará melhor.

Também por cá, o PS-Madeira vai a eleições. Até ao dia de hoje, apenas Paulo Cafôfo apresentou a sua candidatura e claro que conta com o meu apoio desde a primeira hora. Será uma pena se não surgir mais nenhuma candidatura, pois o debate de ideias só valoriza o partido e dinamiza as bases. Será também lamentável que todos aqueles que semanalmente apontam facas a Paulo Cafôfo e à atual direção não tenham a coragem de "vir a jogo" e discutam internamente as suas ideias. Já todos percebemos que muitos são umas feras, atrás de um qualquer ecrã, a debitar maledicências para as redes sociais, outros em artigos de opinião e programas de rádio, mas quando têm a possibilidade e a oportunidade de debater frontalmente, cara na cara, escondem-se, temendo, assim, as suas fracas argumentações.

Da minha parte, as escolhas estão feitas, vamos a eleições e, acima de tudo, que ganhe a Democracia.

Duarte Caldeira escreve à segunda-feira, de 4 em 4 semanas

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