Não fora a pandemia e tudo teria sido muito diferente, para melhor. Mesmo assim, com todas as dificuldades decorrentes dessa infelicidade que se abateu sobre o Mundo foi possível acudir aos mais desprotegidos e às empresas para que pudessem manter os postos de trabalho e assim evitar aquela que muito bem poderia ter sido uma verdadeira catástrofe social.
Não foi um mar de rosas mas acabou por correr bem, apesar de tudo. Todavia a crise política que se viveu a nível nacional, com a formação de uma maioria negativa que votou contra o Orçamento de Estado para 2022, na Assembleia da República, em que a esquerda se uniu à direita, contrariando tudo porque havia pugnado nos últimos anos, veio adensar todo um conjunto de problemas que desembocaram em eleições antecipadas que deveriam ter sido evitadas a todo o custo. O PCP e BE pretenderam demarcar-se do Partido Socialista e com isso deram um tiro no pé e prejudicaram o país. Vão pagar por isso pois serão os verdadeiros perdedores das eleições do próximo domingo.
O país está muito para além das jugadas e conjugações políticas e nem o Plano de Recuperação e Resiliência, que tem de ser executado em tempo recorde, fez entender que isso é mesmo assim.
Domingo joga-se o futuro de Portugal e particularmente o da Madeira. Temos de eleger, na RAM, quem tenha garra e competência para nos defender na Assembleia da República e nesse particular a lista proposta pelo PS-M é, sem margem para dúvida, muito mais capaz do que a lista proposta pelo PPD, que nesta legislatura apenas deu provas de uma sonolência incapacitante apenas contrariada quando, a toque de caixa, têm de verberar contra António Costa.
A nossa lista, encabeçada por Carlos Pereira, tem uma configuração de competência, experiência e renovação que são o garante de um bom mandato.
O Partido Socialista é o único capaz de defender a Madeira e por isso temos de nos mobilizar para continuarmos a eleger três deputados e assim mantermos intacta a combatividade demonstrada.
Em boa verdade, pela Região, só o PS e o PSD têm hipóteses de eleger deputados e votar noutros partidos não adianta, de facto, nada. Todos têm o direito à vida mas temos de ser realistas, aos partidos mais pequenos, que não elegerão qualquer deputado, foi-lhes apenas dada a oportunidade de apresentar propostas, esgrimir argumentos e com isso pressionarem os partidos maiores a ser melhores, mas só isso. Claro que esse contributo é importante e necessário para a democracia.
Devemos, pois, agir com objetividade e sem amarras a questões que levam décadas e que têm obstado a que não tenha havido qualquer alternância política na governação regional o que é caso único no nosso país, sem que isso signifique que estamos na realidade melhores.
Concentrar o voto é dar utilidade e esse voto. Apostar em quem domina os dossiers é absolutamente essencial, até para contrariar uma maioria absurda proposta por Rui Rio, que já confessou contar com o CHEGA para o apoiar numa lógica do salve-se quem puder, mesmo que isso vá contra tudo o que somos enquanto País e Região.
Costa está mais do que preparado e conhece bem os seus interlocutores europeus, ao invés de Rio do qual apenas se conhece um já longínquo percurso autárquico, por sinal atribulado, e uma visível impreparação para o cargo.
É absolutamente necessário ir votar, para depois não nos queixarmos, mas não é altura para experimentalismos, é tempo de avançarmos e recuperar o tempo perdido.
Sempre com a Madeira.