Que fado o nosso, que destino triste nos espera nestes próximos quatros anos, os nossos antepassados devem ter cometido grandes atrocidades para merecermos estes governantes que ontem tomaram posse. Tudo começou bem para Costa, a famigerada lista de ministros e de ministérios que deveria ser entregue a Marcelo, foi por artes mágicas desviada para a comunicação social, mas que azar, isto não se faz, mas também não se desfaz. Coitado do nosso simpático presidente, lá foi enganado e ultrapassado por um vil primeiro-ministro que nos próximos anos vai-lhe fazer a vida num verdadeiro inferno. Marcelo tem que se pôr a pau, pois isto só vai lá com pau… ou com vime.
Depois de desmontar a famosa e gaiteira "Geringonça", depois de se ter libertado da parafernália bloquista e das amarras comunistas, com uma maioria confortável António Costa poderia pensar em encarar de frente o país e os portugueses. Com esta maioria poderia ter optado pelo progresso, pelas mudanças que urgem, que condicionam e que limitam este país, mas não, optou pelo: "vira o disco e toca o mesmo". E vamos ouvir Costa a cantar o mesmo refrão socialista de sempre: daqui não saiu, daqui ninguém me tira. O problema é que além de não o tirarmos de facto de lá (do poder), ninguém também vai a lado nenhum, nem ele, nem nós, nem o país, atolados que estamos nesta lama socialista. Este será um governo cúmplice e de cumplicidades, estático e estatizante, será infelizmente mais um governo táctico e sem qualquer estratégia.
As dezassete alminhas "ministriadas" e as trinta e oito "secretariadas" podiam formar o elenco de luxo de qualquer filme de terror de culto. Entre canastrões e incompetentes a escolha é difícil tal o grau de pureza dos candidatos. Mas mais uma vez António Costa esteve magistral, com a excepção de Mariana Vieira da Silva, por quem tenho de admitir algum respeito (espero que não seja por me recordar o bivalve que tanto aprecio), o resto é tralha e pesos mortos, porventura mortos vivos, conhecidos como zombies. Mas esta amálgama de socialistas assustadores que servirá de governo de Portugal tem também um grande propósito, serão o escudo humano que vai proteger António Costa, por isso é que são tantos. Enquanto se fala das trapalhadas dos ministros inocentes e dos secretários de estado inconsequentes não se fala do primeiro-ministro… funcionou nos últimos mandatos, para quê mudar a fórmula que deu tão bons resultados.
As escolhas de Costa foram de mestre, destacaria o prémio consolação que representou a nomeação de um ministro das finanças muito abaixo da Medi(a)na e que os lisboetas muito recentemente rejeitaram. Costa tal como Moisés separou também o Mar, espero que não tenha consequências bíblicas. O Turismo foi de viagem, se calhar para um alojamento local baratinho na Amadora. Mas o primeiro-ministro não contente com a equipa de estrelas que tinha à disposição, escolheu para secretário de estado das comunidades um zombie insular. Esta criatura, falecida depois de quatro valentes pauladas eleitorais e que mesmo morta e enterrada, numa entrevista ainda conseguiu enterrar uns quantos companheiros de partido, vai agora assombrar a nossa diáspora. Por causa desta escolha infeliz, as nossas comunidades irmãs espalhadas pelo mundo vão perder a referência ao país de acolhimento, assim em vez de comunidade luso-venezuelana, luso-luxemburguesa ou luso-americana, vão passar todas a ser conhecidas apenas como: comunidade luso-desgraçada.