Dos 779 madeirenses que participaram no rastreio do cancro colorretal, cerca de 25% confirmou este diagnóstico.
Isso mesmo avançou, esta manhã, Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Proteção Civil, após uma visita ao Centro de Saúde de São Roque, no âmbito do rastreio desta doença oncológica, que deu o seu pontapé de saída no ano passado, na Calheta, tendo depois percorrido os vários concelhos.
Conforme realçou o governante, o cancro do colorretal é a segunda maior causa de morte na Região e em todo o País, surgindo entre 150 e 200 novos casos por ano, números estes que têm seguido uma tendência ascendente.
“As pessoas estão mais alertadas e recorrem mais à possibilidade de fazerem o rastreio, análises e a colonoscopia e, naturalmente, aumentando a acuidade do diagnóstico, também aumenta o número de casos diagnosticados. Mas como estão a ser diagnosticados precocemente, a mortalidade diminui”, alertou o tutelar da pasta da Saúde, lançado, assim, um apelo a que a população compareça a este rastreio.
“Todas as pessoas mesmo que não tenham cancro devem fazer o rastreio de cancro colorretal a partir dos 50 anos”, frisou, reiterando que o tratamento nos primeiros estágios da doença confere uma maior possibilidade de sobrevivência.
“Esta é a importância do rastreio, uma medida preventiva para combatermos determinadas doenças, que tem a sua mortalidade, mas que quando diagnosticadas precocemente os resultados são completamente diferentes. É esta mensagem que temos de passar à população da RAM, com o envolvimento do Centro de Rastreios da Região”, vincou.
A este propósito, Pedro Ramos recordou que são já cinco os rastreios de base populacional disponíveis na Madeira, tendo cada um deles requisitos etários para a convocação. No caso do cancro da mama, o rastreio mais antigo da RAM, são chamadas as mulheres com mais de 45 anos, ao passo que no cancro do colorretal os participantes convocados têm entre 50 e 74 anos e no cancro do colo do útero este exame é destinado a mulheres dos 25 aos 60 anos. Já o rastreio da acuidade visual infantil é feito em crianças a partir dos quanto anos e o da retinopatia diabética a partir dos 12 anos.
Call center esclarecerá todas as dúvidas
Com a missão de esclarecer todas as dúvidas relativas a estes rastreios, a Região passará a dispor em breve de um call center.
“Será criado um call center, onde, de facto, todas as questões que os madeirenses tenham necessidade de colocar para aderir este rastreio serão respondidas e depois o rastreio funciona todas as semanas nos vários centros de saúde, com modelo próprio”, anunciou o secretário regional, que desvelou ainda a vontade de descomplicar o processo de convocação, através do recurso ao digital.
“Neste momento, o contato telefónico, por e-mail ou mesmo por carta têm sido os modelos que temos utilizado [na convocação para os rastreios], mas vamos sempre evoluir no sentido de tirar o papel e que a transformação digital também fique como base de funcionamento do Centro de Rastreios da RAM”, promete.