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“A discriminação laboral acontece com o patrocínio do Governo Regional”, acusa Ricardo Lume

Data de publicação
19 Julho 2024
13:58

Numa iniciativa junto ao Auto Silo do Campo da Barca Ricardo Lume, dirigente da CDU, referiu que “não é aceitável que na Região exista em tantos sectores discriminação laboral, quando estão em causa o desempenho de funções idênticas ou mesmo iguais, mas os direitos dos trabalhadores e as suas remunerações são diferentes”.

Ricardo Lume denunciou que “a discriminação laboral acontece com o patrocínio do Governo Regional, e um exemplo evidente é o que se passa no sector dos transportes públicos”.

O partido recorda que “atualmente o Governo Regional definiu um tarifário único para todas as empresas do sector seja a pública ou as privadas, definiu as indemnizações compensatórias, a pagar às empresas, até harmonizou as cores dos autocarros”, mas “no que diz respeito aos direitos laborais, aí já não existe harmonização, com prejuízo para os trabalhadores das empresas privadas”.

“Os motoristas das empresas privadas como por exemplo a Rodoeste e a SAM tem um horário de trabalho de 40 horas semanais, têm apenas 22 dias úteis de férias, não têm subsídio de insularidade, e têm uma base salarial mais baixa que os trabalhadores da empresa pública do sector”, expressa, acrescentando que, por outro lado, “os motoristas da Empresa Horários do Funchal a empresa pública tem um horário de trabalho de 39 horas semanais, têm 25 dias de férias, subsídio de insularidade, uma base salarial mais elevada e são sempre abrangidos pelos aumentos salariais decretados para os trabalhadores da administração pública”.

Lume concluiu afirmando que “a CDU considera que existe no sector dos transportes públicos uma tremenda injustiça e que é necessário garantir a equiparação dos direitos dos trabalhadores das empresas privadas do sector aos direitos dos trabalhadores da Empresa Horários do Funchal a empresa pública do setor”.

“A CDU vai continuar a intervir para combater todas as formas de discriminação laboral, sejam elas no sector público ou no sector privado, defendendo sempre o tratamento mais favorável para o trabalhador”, remata.

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