Em comunicado, o partido ADN Madeira diz lamentar que “na ilha com a maior taxa de risco de pobreza do País, onde mais de 60 mil pessoas ficarão mais pobres em breve e cerca de 8 mil madeirenses e porto-santenses já estão no limiar da pobreza, existam vários milhares de seus conterrâneos, algures numa herdade desta Região festejando o facto da corrupção, o compadrio e o tráfico de influências saírem impunes à justiça”.
O ADN critica que “infelizmente as eleições regionais de setembro 2023 e posteriormente as de maio 2024, nada de novo trouxeram e a Madeira em nada mudou para melhor, ou seja, tudo ficou como estava em termos políticos e seguramente muito pior no que diz respeito à sociedade em geral, pois os nossos jovens vão ter de continuar emigrando em busca de condições laborais, constituição de família e acesso a alojamento acessível, algo inexistente na ilha que os viu nascer e crescer, enquanto por outro lado somos ‘invadidos’ por imensa (precária) mão de obra estrangeira e ‘investidores’ oligarcas”.
“temos um Governo Regional que discrimina os funcionários do sector privado em prol dos que trabalham para o público, esquecendo que todos os madeirenses e porto-santenses trabalham, pagam impostos e descontam de igual forma para o mesmo orçamento regional, logo deveriam ter os mesmos direitos, regalias e benefícios sociais”, acusa.
O ADN alerta que “continuaremos a assistir à contratação e concessão do nossos bens patrimoniais aos mesmos privados do costume que pertencem ao regime, eles que beneficiam do investimento público em requalificações de milhões euros e por “coincidência” ganham os (supostos) concursos públicos internacionais, posteriormente pagam rendas baixas, inflacionam os preços, alteram as regras conforme lhes convém e impõem as condições que lhes são mais favoráveis durante 50 anos, como exemplos dessa triste realidade temos as várias Marinas da RAM, sendo que a do Funchal será a próxima, assim como o próximo teleférico da RAM, que será uma autêntica aberração e constituirá um verdadeiro atentado ao Património Natural Mundial”.
O ADN questiona, por fim, “então qual o verdadeiro motivo ou razão da festa que hoje se assiste no Chão da Lagoa? Será pelo facto da Procuradora Geral da Republica Dra. Lucília Gago, estar em final de mandato e já existe o seu sucessor que será ‘nomeado a dedo’?”.