O ADN/Madeira manifestou hoje “a sua profunda preocupação com a recente medida da Câmara Municipal do Funchal de reverter 2,5% da Taxa Turística a favor dos hotéis e unidades de Alojamento Local (AL)”.
“Entendemos que esta decisão desvirtua o verdadeiro propósito desta taxa, que deveria ser integralmente aplicada na melhoria das infra-estruturas e serviços da cidade, bem como em iniciativas que mitiguem os impactos negativos que o turismo exerce sobre a vida dos funchalenses”, defende o referido partido em comunicado de imprensa assinado por Paulo Pita.
Para o ADN/Madeira, “é imperativo que o valor arrecadado pela Taxa Turística seja canalizado directamente para a cidade, promovendo investimentos na mobilidade, espaços públicos, património histórico e sustentabilidade ambiental, que sofrem uma pressão crescente devido ao aumento exponencial do número de turistas. A utilização deste montante em prol de um benefício restrito a estabelecimentos hoteleiros e de AL ignora a necessidade de medidas que beneficiem diretamente a comunidade local”, lê-se na mesma nota enviada às redações.
De acordo o este partido, “em vez de canalizar uma parte desta taxa para as unidades de alojamento, o Município poderia criar um fundo de emergência para apoiar os profissionais deste sector em situações de crise, como falências ou atrasos no pagamento de salários”.
“Esta seria uma forma muito mais justa e eficaz de garantir que os trabalhadores desta área, que são a espinha dorsal do sucesso turístico, sejam apoiados em momentos de dificuldade”, justifica o ADN, que conclui a nota reiterando “que a prioridade deve ser a sustentabilidade e o bem-estar da cidade e dos seus habitantes, e não o lucro adicional para o sector turístico, que já beneficia diretamente do fluxo de visitantes”.