Os advogados dos suspeitos de corrupção na Madeira foram hoje chamados “de urgência” ao tribunal no Campus de Justiça, em Lisboa, onde estava a decorrer o interrogatório ao empresário Custódio Correia, um dos três detidos.
“Chamaram-me de urgência”, disse o advogado Raul Soares da Veiga, em declarações aos jornalistas, pelas 14:00, à entrada do Tribunal Central de Instrução Criminal.
A essa hora estava já a decorrer um interrogatório que tinha sido interrompido para pausa de almoço e foi retomado pelas 13:45, segundo informou uma funcionária judicial, indicando que as diligências deverão decorrer além das 17:00.
O advogado André Navarro de Noronha, já se encontrava no tribunal, para acompanhar o interrogatório do seu cliente, quando os advogados dos outros dois detidos chegaram apressados pelas 14:00 ao Campus de Justiça.
Segundo Raul Soares da Veiga, os advogados foram chamados “de urgência” devido a “uma questão anómala”, que “parece que tem a ver com provas”, sem conseguir avançar mais pormenores.
“Tenho de ir ver o que é que se passa”, apontou Raul Soares da Veiga, sem adiantar se o interrogatório que decorre terá de ser interrompido.
Minutos antes, chegou ao tribunal o advogado Paulo Sá e Cunha, que representa o ex-presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), que é um dos três detidos por suspeitas de corrupção na Madeira, referindo que estava atrasado e que não esperava que o seu cliente fosse ouvido hoje.