O cabeça de lista do PSD às eleições antecipadas de domingo na Madeira, Miguel Albuquerque, disse hoje que as propostas do PS são “despesistas, utópicas e injustas”, sublinhando a importância de haver um governo de maioria na região.
“O que estou a dizer aos madeirenses, com toda a humildade, é que os madeirenses pensem na necessidade de termos aqui um governo de maioria”, afirmou, explicando que “os governos minoritários são governos prejudiciais ao exercício da governação, porque estão sempre sujeitos a contingências”.
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, nas zonas altas do concelho de Câmara de Lobos, onde apresentou o projeto para uma via de circunvalação com dois quilómetros entre os sítios do Covão, Marinheira e Calvário, orçado em 15 milhões de euros, que será executado se os sociais-democratas vencerem as eleições.
Na ocasião, o candidato, também presidente demissionário do executivo PSD/CDS-PP, em gestão desde fevereiro, disse que não se trata de despesismo, sublinhando antes que o projeto vai melhorar significativamente a qualidade de vida da população”.
“Despesismo é as propostas do Partido Socialista”, afirmou, para logo reforçar: “se vocês contabilizarem as propostas do Partido Socialista, para além de serem a maioria delas utópicas e injustas, é preciso três orçamentos regionais para concretizar o que o PS anda aí a dizer.”
Questionado se achava injusta a proposta socialista para atribuir um complemento aos idosos no valor de 150 euros, Albuquerque respondeu que “não” e vincou: “dar dinheiro, quem tem dado somos nós, e quem não deu quando esteve oito anos no Governo foram eles no continente.”
O cabeça de lista social-democrata disse, por outro lado, que o PSD tem “toda a disponibilidade” para o diálogo com as outras forças partidárias no sentido de encontrar “soluções de governo”, se for necessário, mas assegurou que não fará alianças com marxistas, nomeadamente com o PS, o BE e o PCP.
Já em relação ao Chega, Albuquerque disse que vai esperar até ao final da semana por mais declarações de André Ventura, que se encontra na região no âmbito da campanha da candidatura do partido, encabeçada por Miguel Castro.
“Nós vamos esperar o que ele vai dizer até sexta-feira, porque um dia dizem uma coisa, outro dia dizem outra. Neste momento, nós só podemos tirar conclusões relativamente àquilo que se vai passar depois da votação”, afirmou.
O candidato garantiu, por outro lado, que, se ganhar as eleições, as relações com o novo Governo da República “vão ser ótimas”, sublinhando haver “questões fundamentais que têm de ser resolvidas”, nomeadamente, a revisão da Lei das Finanças Regionais, a atribuição de subsídio de insularidade às forças policiais, a dívida dos subsistemas de saúde das forças de segurança e forças armadas, o alargamento dos poderes autonómicos e a majoração do financiamento da universidade.
“No último Orçamento do Estado todas estas propostas foram chumbadas”, lembrou.