Compilámos para si meia-dúzia de frases que sobreviveram cinquenta anos e conquistaram um lugar no imaginário coletivo dos portugueses.
Retratam o 25 de Abril de 1974 e a liberdade. Os donos das frases são personalidades tão carismáticas quanto Fernando Salgueiro Maia ou a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen.
Confira três das seis que constam na edição impressa de hoje do seu JM, todas elas acompanhadas de uma descrição.
“Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos!”
Fernando Salgueiro Maia, eterno símbolo da Revolução dos Cravos, é responsável por esta frase que proferiu na Escola Prática de Cavalaria de Santarém (EPC) na madrugada do 25 de Abril. Dirigia-se à coluna de 240 homens que rumou a Lisboa para concretizar a operação militar.
“Esta é a madrugada que eu esperava. O dia inicial inteiro e limpo. Onde emergimos da noite e do silêncio. E livres habitamos a substância do tempo”.
Sophia de Mello Breyner Andresen, poeta, como a própria gostava de ter tratada, foi um dos principais rostos da resistência ao Estado Novo e ao salazarismo, tendo escrito e declamado diversos poemas. Este é um dos mais conhecidos e que celebra a data. Ficaram imortalizados na sua publicação ‘O Nome das Coisas’.
“Aqui, posto de comando do Movimento das Forças Armadas. As Forças Armadas Portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas nas quais se devem conservar com a máxima calma. Esperamos, sinceramente, que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal”.
Joaquim Furtado foi o jornalista que, às 04h26 da madrugada de 25 de Abril de 1974, leu o primeiro comunicado aos microfones da Rádio Clube Português sobre a existência de um golpe de Estado. O décimo grupo de comandos do Movimento das Forças Armadas ocupou o Rádio Clube Português por volta das 3h da manhã.
Leia, na íntegra, na edição impressa de hoje do seu JM.