Paulo Cafôfo, presidente do PS-Madeira, incitou, hoje, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, sobre o qual recaem suspeitas de corrupção, a pedir o levantamento da sua imunidade, para que a Justiça possa trabalhar e apurar “cabalmente” a verdade.
“Exigimos a sua demissão. Chegou a altura de pormos um ponto final em quase 50 anos de governação desgastada e podre, que não serve os interesses dos madeirenses”, começou por afirmar o líder socialista, reiterando que o número um do executivo insular não tem condições políticas para se manter nas lides do arquipélago, dado que “perdeu e forma irreversível e irremediável a confiança dos madeirenses e porto-santenses”.
“De que tem medo Miguel Albuquerque? Tem medo de ser detido, é isso?”, aditou ainda, denotando, no entanto, que o que está a acontecer na Região “não surpreende”, até porque este é um cenário que tem vindo a ser denunciado pelo seu partido ao “longo de tantos anos”.
Face à estabilidade política que afirma não estar assegurada, Paulo Cafôfo urgiu Marcelo Rebelo de Sousa a tomar uma posição.
“Não é normal um presidente de câmara ser detido e um presidente e conselheiro de Estado ser arguido”, denotou.
Já defendendo eleições antecipadas na Madeira dentro dos tempos constitucionalmente previstos, o socialista madeirense asseverou que o PS-M está preparado para “impulsionar uma mudança na Região”, pedindo que a população não olhe “impávida e serena” para esta situação.
“Não podemos ser governados por alguém que não é digno da confiança dos madeirenses e porto-santenses. (...) É isto que querem? Não estão cansados de um regime podre que governa só para alguns?”, questionou, reiterando que “chegou o momento de viragem”.
“Basta de mentiras e conivências. O Partido Socialista está preparado para governar a Região”, vincou.
Questionado pelos jornalistas, Paulo Cafôfo afastou qualquer semelhança entre este e o caso do Monte, no qual está envolvido, bem como das queixas anónimas de corrupção em várias câmaras governadas pelo PS apresentadas em 2018.