A CDU esteve hoje no centro do Funchal, a dar continuidade à dinamização de uma petição pública para garantir a atribuição do subsídio de insularidade a todos os trabalhadores da Região.
O dirigente da CDU, Ricardo Lume no decurso da acção referiu que na Região “não podem existir madeirenses de primeira e madeirenses de segunda, se é justo reconhecer os custos de insularidade aos trabalhadores da administração pública, também é necessário reconhecer os custos de insularidade aos trabalhadores do sector privado”.
“É necessário pôr fim a esta discriminação que potencia desigualdades e o empobrecimento. Os trabalhadores do sector privado, auferem salários inferiores na ordem dos 13% a 30% em relação aos trabalhadores da administração pública, para funções equiparadas, com a agravante que no sector privado trabalharem mais horas e terem menos dias de férias”, continuou.
“No que diz respeito à comparação com os salários a nível nacional, em junho de 2024, a remuneração média bruta total mensal por trabalhador na Região foi inferior em 51 Euros à do País, com a agravante de na Região existirem custos de insularidade”.
Ricardo Lume concluiu afirmando que “a atribuição do subsídio de insularidade a todos os trabalhadores da Região não só é uma medida justa, com pode esbater as desigualdades salariais entre o sector público e privado, assim como aproximar os rendimentos dos trabalhadores da Região aos rendimentos dos trabalhadores do resto do País”.
“São 662 Euros anuais que fazem falta a quem vive da sua força de trabalho e que serviriam para minimizar os custos de insularidade.”
“Esta é uma justa reivindicação que está a ter eco, na recolha de uma petição pública a ser enviada à Assembleia Regional, com a finalidade de exigir que aprove uma iniciativa legislativa de forma a garantir a todos os trabalhadores que desempenham funções na Região um suplemento remuneratório para fazer face aos custos de insularidade, com os mesmos critérios e montantes que são atribuídos aos trabalhadores da Administração Pública Regional e Local através do subsídio de insularidade”.