Referindo que “a falta de habitação digna e a preços acessíveis é um dos maiores problemas que a população enfrenta”, o Chega critica o governo regional por “não estar a fazer tudo o que pode para resolvê-lo”.
Miguel Castro, presidente do Chega e cabeça de lista do partido às eleições legislativas regionais, aponta para os “muitos contactos” que a população tem feito com o partido, “queixando-se das exigências da banca, das condições do mercado e também da inação do governo regional face a uma situação que perdura, sem fim ou resolução à vista”.
“A habitação digna é um direito humano, e, por isso, é um assunto demasiado importante para ser deixado ao cuidado do mercado. Quando o governo diz que nada pode fazer quanto aos custos das casas porque é o mercado a funcionar, o que está realmente a dizer é que é incompetente e que não tem vontade de ajudar a população. Isso é inadmissível”, frisa.
Miguel Castro afirma que “não é possível falar de uma sociedade equilibrada e justa quando centenas de jovens não conseguem sair da casa dos pais e começar a sua própria vida, quando muitos casais vivem completamente afogados com as prestações da casa ou até quando famílias têm de entregar as suas casas ao banco porque não têm como pagar”.
Quanto à banca, considera que “tem tido uma postura vergonhosa, pois cobra taxas excessivas, faz exigências desumanas e ainda reporta lucros milionários à nossa custa. Os bancos são um negócio, puro e duro. Quando entram em falência, somos nós que lá metemos milhares de milhões dos nossos impostos, mas, quando nós mais precisamos, viram as costas às pessoas.”
A concluir, o cabeça de lista do Chega aponta várias medidas propostas pelo partido para combater a crise na habitação, entre as quais eliminar o IMI e o IMT na compra da primeira habitação, rever o PDM dos concelhos mais procurados, reforçar o investimento na habitação pública, eliminar a burocracia excessiva nos processos de licenciamento de construção e taxar os lucros da banca para investir em programas de habitação.