O Chega congratulou-se, hoje, com a aprovação da sua proposta relativa à ligação marítima de passageiros e carga rodada entre o continente e a Madeira pela Comissão de Economia da Assembleia da República.
Numa nota enviada à redação, o partido aponta que tal proposta foi apresentada pelo parlamentar madeirense Francisco Gomes, que, por sua vez, recebeu ‘luz verde’ para ser discutido no plenário nacional.
O Chega ressalta que o referido diploma relativo ao ferry conquistou “o apoio de todos os partidos representados, com a exceção única do PS”.
“Aliás, o deputado Miguel Iglesias, em representação dos socialistas, argumentou que a ligação marítima é uma obrigação do governo regional e, por isso, não faz sentido o assunto ser discutido na Assembleia da República”, condenou o Chega na mesma nota, na qual afirma, contudo, acreditar que o projeto “tem grandes possibilidades de ser aprovado pelo parlamento”.
“Seguimos, para o plenário, com esperança e confiança de que o projeto será aprovado e de que os madeirenses verão finalmente resolvida uma questão importante para a vida da Região, que se arrasta há demasiado tempo”, declarou Francisco Gomes.
Ressalte-se que este projeto do ‘ferry’ apresentado pelo Chega defende o lançamento de um concurso internacional que assegure, pelo período mínimo de cinco anos, com renovações sucessivas, uma ligação marítima semanal de passageiros e carga rodada entre o continente e a Região. Prevê também que a ligação seja financiada pelo governo da República, ao abrigo das obrigações do Estado em matéria de coesão e continuidade territorial.
Quanto à postura do PS, o parlamentar considerou que tal oposição demonstra como o PS não respeita as necessidades legítimas da autonomia madeirense e fala a duas vozes na Madeira e na República. “São um partido hipócrita, que não tem seriedade, nem vê qualquer problema em mentir aos cidadãos madeirenses”, acusou, condenando que o PS defenda o ferry em vésperas de eleições, mas depois diga que “são os madeirenses que têm de o pagar”.
Mais acusou o PS de andar a reboque do Chega, dado que no mesmo dia em que a comissão da Economia da Assembleia da República aprovou esta iniciativa, o PS apressou-se a submeter no parlamento regional uma outra proposta, também referente ao ferry, mas que “nada serve os interesses da Madeira.”