Já em preparação para as eleições legislativas regionais do próximo mês de maio, o CHEGA-Madeira voltou, hoje, a reiterar a luta contra a corrupção como uma das suas principais bandeiras, a qual constará uma vez mais do seu programa eleitoral, que está a ser ultimado.
Segundo revelou o partido numa nota enviada à redação, este documento reúne as suas propostas em áreas consideradas fundamentais, desde autonomia, transportes, saúde e educação ao sector primário, fiscalidade, coesão social e segurança, passando por outros, entre os quais a luta contra a corrupção, a defesa da identidade cultural e a valorização da família.
A este propósito, Miguel Castro, líder do CHEGA-Madeira, assegurou que não abdicará de colocar a luta contra a corrupção no centro da sua estratégia política, recordando que a criação do gabinete de combate à corrupção foi a primeira medida proposta pelo grupo parlamentar do CHEGA na Assembleia Legislativa da Madeira.
“Sem surpresa, a mesma foi chumbada pelo PSD e as suas bengalas, que têm muito a perder e que não gostam nada que se fale de corrupção”, atirou.
Ainda sobre esta medida, o líder do partido aditou que “o PSD fez aprovar a criação de uma outra proposta para a criação do gabinete contra a corrupção, da sua autoria, mas o mesmo é inútil porque coloca o gabinete contra a corrupção na dependência direta do Secretário das Finanças”.
“Como é que um gabinete vai fiscalizar a entidade da qual depende? É uma lógica que só faz sentido na cabeça do PSD!”, questionou o presidente,
A concluir, Miguel Castro reforçou a ideia de que o PSD não está interessado em combater a corrupção e apenas usa o assunto para disfarçar a sua falta de vontade em reforma o sistema política que perdura há cinquenta anos.
“Um partido que está tão consumido em suspeitas de corrupção e que, a nível regional e nacional, tem chumbado todas as medidas que procuram eliminar o amiguismo, o compadrio, o nepotismo e a influência perversa dos interesses na política não é um partido que sério na luta contra a corrupção. Pelo contrário, para o PSD, a luta contra a corrupção não é uma vocação, nem uma prioridade, mas fogo de vista”, rematou.