Francisco Gomes e Nuno Gabriel, deputados eleitos pelo Chega para a Assembleia da República pela Madeira e por Setúbal, respetivamente, reuniram com o Sindicato Nacional da Proteção Civil.
O encontro teve lugar nas instalações do partido no parlamento nacional e teve como propósito analisar as reivindicações laborais dos Sapadores Florestais, bombeiros especializados na prevenção e combate aos incêndios florestais.
Entre os assuntos discutidos pelos deputados e os representantes sindicais estiveram a estagnação nos níveis remuneratórios, que não são mudados há anos, a falta de condições de trabalho, com a maioria das bases a não ter água potável, e o pagamento das horas extraordinárias, que segundo o Chega, não é feito desde 2012.
A juntar a estes assuntos, o partido e o sindicato também discutiram o fato destes profissionais não terem direito a subsídio de turno, apesar de estarem obrigado a uma disponibilidade constante, além de não serem considerados uma profissão de risco, nem terem direito a condições especiais no acesso à reforma, incluindo o direito a reforma antecipada.
“A negligência dos governos do PSD e do PS em relação aos Sapadores Florestais é uma afronta à segurança das nossas florestas. Décadas de promessas vazias mostram um completo desprezo pela proteção do território. Enquanto a floresta arde, PSD e PS têm feito carreira de discursos vazios”, disse Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.
O Chega também criticou a falta de disponibilidade que o atual governo da República tem demonstrado em relação aos Sapadores Florestais, sublinhando que, segundo é do seu conhecimento, certos líderes nacionais nem se dão ao trabalho de responder aos pedidos escritos de audiência que tem recebido.
Para o Chega, esta postura é “lamentável” e revela um “total desrespeito” por uma classe essencial para a proteção do país. O partido acredita que esta atitude de indiferença só contribuirá para o agravamento da já crítica situação, agravando os riscos que recaem sobre a segurança das florestas e das populações.
“A falta de respeito dos sucessivos governos pelos Sapadores Florestais tornou-se numa bomba prestes a explodir. Se os responsáveis políticos continuarem a ignorar esta classe, a luta dos Sapadores Florestais não só se vai intensificar, como pode escalar para outras proporções, com um impacto social que os governantes não poderão ignorar”, sublinhou Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República.