“Como a revolução industrial, muito possivelmente também a inteligência artificial fará uma revolução, mas o ser humano tem uma capacidade de adaptação muito grande e não deixamos de ser humanos depois da revolução industrial. Na inteligência artificial sucederá também a mesma coisa”, afirmou à Agência Ecclesia o bispo do Funchal.
A declaração de D. Nuno Brás aconteceu à margem do encontro ‘Humanidade e inteligência artificial: um olhar o futuro, o compromisso da Igreja’, que decorreu até hoje, em Alfragide, juntando cerca de quatro dezenas de assessores e porta-vozes das conferências episcopais da Europa.
O líder da Igreja Católica madeirense crê que a inteligência artificial “deve ser considerada uma ferramenta e que é preciso contar com ela”, nomeadamente na sua “dimensão criativa”.
D. Nuno Brás defende que a inteligência artifical não substitui o ser humano, “porque apenas o ser humano tem intencionalidade, procura a verdade e dá sentido à existência”, e que a grande questão do avanço tecnológico é a “liberdade”.