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Deputado do Chega diz que há “radicalismo de esquerda” na escola pública

Marco Milho

Jornalista

Data de publicação
08 Agosto 2024
10:53

Francisco Gomes, deputado madeirense do Chega na Assembleia da República acredita que há uma “ditadura do pensamento” imposta nas escolas portuguesas, em particular no ensino público. A ideia é sublinhada num comunicado enviado pelo partido às redações.

Na nota divulgada, o Chega acusa o Governo da República de não implementar reformas “necessárias” no sistema de ensino, considerando que “tem permitido à Esquerda continuar a impor à sociedade, por via das escolas, uma espécie de ditadura do pensamento, que contraria os valores e os princípios que sempre definiram o modo de ser da sociedade portuguesa”.

“A Esquerda tomou de assalto o ensino como porta de entrada para impor a sua lógica policial de pensamento único e definir, na cabeça de cada criança e jovem, o que é bom ou mau, justo ou injusto, natural ou inaceitável e ético ou ofensivo. Isto tem sido feito à revelia das famílias e dos valores que nos definem como povo”, diz Francisco Gomes, citado na mesma nota.

Para o deputado do Chega, existe um “domínio das ideologias de Esquerda no ensino público”, algo que considera ser um resultado “da passividade do atual Governo e da falta de audácia revelada ao longo das décadas pelo PSD e CDS”. Partidos que, acrescenta, “se dizem de Direita, mas estão longe de o ser”.

“Há meio século que a Esquerda procura impor nas escolas o falhanço e a mediocridade, gerando impactos profundos na sociedade, nas famílias e nas próprias comunidades escolares. Os resultados são a indisciplina, a burocracia excessiva, o desânimo na classe docente e a disseminação do facilitismo”, alega também o deputado.

Através do comunicado, o Chega entende que “é urgente despolitizar o ensino, garantindo que os programas seguem os princípios e os valores que definem a identidade da sociedade portuguesa há séculos, começando pelo combate acérrimo à ideologia de género, algo que, a seu [Francisco Gomes] ver, não é aceitável no contexto escolar”, pode ler-se.

A concluir, o Chega cita o deputado madeirense ao argumentar que o atual modelo de ensino “usurpa o direito primordial dos pais educarem os seus filhos”, culpabilizando a “Direita fofinha e amorfa”. Além disso, e aludindo ainda a uma das bandeiras do partido de extrema-direita, Francisco Gomes ataca a “ideologia de género” que, diz, “inundou o espaço escolar de disforias e anormalidades que nada mais são que um vergonhoso retrocesso civilizacional”.

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