Os seis presidentes de câmara que suspenderam os mandatos para concorrerem às eleições regionais antecipadas na Madeira, que decorreram no domingo, regressaram hoje aos municípios, confirmaram os próprios à agência Lusa.
Tinham suspendido os mandatos os presidentes dos municípios da Calheta, Carlos Teles, da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento, e de São Vicente, José António Garcês, os três a cumprir o terceiro e último mandato, uma vez que integraram a lista do PSD.
Também os autarcas socialistas das câmaras de Machico e do Porto Moniz, Ricardo Franco e Emanuel Câmara, respetivamente, fizeram parte da lista do PS/Madeira e interromperam funções nos municípios.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, a única autarquia governada pelo Juntos Pelo Povo (JPP), Filipe Sousa, também tinha voltado a suspender o mandato, tal como aconteceu quando foi cabeça de lista do partido às eleições nacionais de 10 de março.
Os seis presidentes de câmara, todos a cumprir o último mandato, suspenderam os cargos entre 15 de abril e 26 de maio.
Os seis autarcas foram eleitos nas regionais de domingo e, desta forma, ficarão agora com os mandatos como deputados regionais suspensos.
As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
As eleições legislativas regionais de domingo foram disputadas por 14 candidaturas, sendo uma coligação (PCP/PEV) e outros 13 partidos: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
Segundo os resultados divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 49.103 votos (36,13%), tendo alcançado 19 deputados e falhando a maioria absoluta por cinco mandatos.
Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.